Polícia demorou uma hora e guarda disse que a vítima deveria ter ‘gritado mais’
Sem socorro, os próprios estudantes iniciaram as buscas pela jovem
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Jéssica Chiareli
Um relato de estupro dentro do campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG) na noite de ontem (14) mobilizou estudantes e intensificou cobranças e pedidos de posicionamento da reitoria.
O aluno de Comunicação Social, D. B., de 21 anos, contou nas redes sociais momentos que sucederam o abuso sofrido por uma jovem no estacionamento da Faculdade de Informação e Comunicação.
De acordo com D., a vítima, que aparentemente estava dopada, se dirigiu ao banheiro da unidade e fugiu em seguida, o seu paradeiro e até a própria identidade ainda são desconhecidos.
Buscas
Depois do ocorrido, os próprios estudantes iniciaram as buscas pela jovem, já que não havia guardas presentes nas proximidades. A categoria estaria paralisada por falta de pagamento.
O aluno de Comunicação conta ainda que os profissionais de segurança interna só foram contactados depois de muito esforço e que houve uma tentativa de culpabilizar a vítima. “Um guarda disse que ela deveria ter gritado mais”, afirma.
Demora
A demora da chegada da polícia também foi criticada por estudantes que estiveram no local. Mesmo com uma série de chamados, policiais só apareceram no campus depois de uma hora.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar de Goiás, no entanto, a assessoria da instituição afirmou não haver nenhuma informação sobre o assuntou ou o porquê da demora no atendimento.
A assessoria de comunicação da UFG também foi procurada, mas não foi possível estabelecer contato.