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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Violência no Campus

Polícia demorou uma hora e guarda disse que a vítima deveria ter ‘gritado mais’

Sem socorro, os próprios estudantes iniciaram as buscas pela jovem

Postado em 15 de junho de 2016 por Redação
Polícia demorou uma hora e guarda disse que a vítima deveria ter 'gritado mais'
Sem socorro

Jéssica Chiareli


Um relato de estupro dentro do campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG) na noite de ontem (14) mobilizou estudantes e intensificou cobranças e pedidos de posicionamento da reitoria.

O aluno de Comunicação Social, D. B., de 21 anos, contou nas redes sociais momentos que sucederam o abuso sofrido por uma jovem no estacionamento da Faculdade de Informação e Comunicação. 

De acordo com D., a vítima, que aparentemente estava dopada, se dirigiu ao banheiro da unidade e fugiu em seguida, o seu paradeiro e até a própria identidade ainda são desconhecidos. 

Buscas

Depois do ocorrido, os próprios estudantes iniciaram as buscas pela jovem, já que não havia guardas presentes nas proximidades. A categoria estaria paralisada por falta de pagamento. 

O aluno de Comunicação conta ainda que os profissionais de segurança interna só foram contactados depois de muito esforço e que houve uma tentativa de culpabilizar a vítima. “Um guarda disse que ela deveria ter gritado mais”, afirma.

Demora

A demora da chegada da polícia também foi criticada por estudantes que estiveram no local. Mesmo com uma série de chamados, policiais só apareceram no campus depois de uma hora.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar de Goiás, no entanto, a assessoria da instituição afirmou não haver nenhuma informação sobre o assuntou ou o porquê da demora no atendimento. 

A assessoria de comunicação da UFG também foi procurada, mas não foi possível estabelecer contato. 

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