Edivaldo Barbosa

Os últimos detalhes do acerto de Tite com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para comandar a seleção brasileira, foram feitos ontem, durante reunião entre o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o treinador. O substituto de Dunga colocou a questão salarial a segundo plano, mas vai receber o mesmo salário de seu antecessor. Tite exigiu liberdade quanto à convocação de jogadores e também aos potenciais adversários do Brasil nos amistosos futuros.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Tite vai receber o mesmo salário de seu antecessor, Dunga, que ganhava R$ 660 mil por mês. Na primeira reunião com Del Nero, o agora ex-técnico do Corin­thians não falou sobre a questão salarial. Exigiu liberdade para trabalhar e também procurou saber do presidente da CBF detalhes sobre o contrato da entidade com a empresa Pitch International, que organiza os amistosos da seleção brasileira.

No encontro de ontem, na sede da CBF, Tite esboçou o planejamento com Del Nero sobre os jogos das Eliminatórias – a seleção ocupa o 6º lugar, com 9 pontos, e aproveitamento de 50%. O substituto de Dunga vai estrear à frente do Brasil no dia 2 de setembro, contra o Equador, fora de casa. Depois, jogará com a Colômbia, no 6 de setembro, também pelas Eliminatórias, em Manaus.

Para aceitar o cargo, o treinador se esquivou da proposta de comandar a seleção nos Jogos Olímpicos. Com isso, a CBF já anunciou que Rogério Micale, atual técnico da seleção Sub-20, vai comandar o time nos Jogos do Rio 2016.

Considerado o melhor técnico do Brasil, Tite venceu com o Corinthians em 2012 os dois títulos mais importantes da história do clube: a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes. No ano passado, levou a equipe à conquista do Campeonato Brasileiro, assim como havia feito em 2011. Desde o final da Copa de 2014, Tite já aguardava o convite da CBF. No final de 2013, deixou o Corinthians e negou várias propostas para se preparar para assumir a seleção após o Mundial. 

Famoso por ser extremamente leal a seus jogadores, Tite conta com o carinho dos jogadores que trabalham com ele. Um de seus métodos é só fazer mudanças na equipe depois de conversar cara a cara com o atleta que entra e o que sai. (Com agências)