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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Política

Investimentos em saúde e educação estão garantidos

A afirmação é do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao falar da proposta que fixa limite máximo para despesas dos três poderes

Postado em 18 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
Investimentos em saúde e educação estão garantidos
A afirmação é do ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem que a proposta de fixar um limite máximo para as despesas dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) não resultará em diminuição dos investimentos em saúde e educação. Em entrevista à Rádio CBN, ele lembrou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que o presidente interino, Michel Temer, apresentou aos líderes dos partidos da base aliada na quarta-feira passada, limita as despesas totais à correção da inflação, e não mais ao aumento da receita, mas mantém percentuais mínimos obrigatórios para gastos dos governos com as duas áreas.

“Colocando na proposta [PEC] o limite mínimo para despesas, que hoje são corrigidas pelo [aumento] da receita […] mantém-se em termos reais os investimentos em educação e saúde, que não crescerão acima da capacidade arrecadatória do país. Não haverá cortes [em educação e em saúde]”.

Meirelles lembrou que a expectativa do governo, reforçada pela opinião de alguns economistas, é que, a partir de 2017, com a retomada da atividade econômica, a arrecadação volte a crescer acima da inflação. Para o ministro, limitar os gastos públicos à real capacidade dos cofres públicos sinaliza para a definição de uma nova diretriz na gestão pública.

“O país já coloca como diretriz básica o fato de que não pode ter um orçamento da União, uma despesa pública, crescendo acima da capacidade arrecadatória, pois isso, a longo prazo, levaria à insolvência do Estado”, acrescentou o ministro, evitando responder se a aprovação da proposta do governo interino resultará em mudanças no cálculo do reajuste do salário mínimo, hoje também corrigido pelo índice inflacionário do último período, e ao qual estão vinculados benefícios previdenciários.

“Este é um tema central da força-tarefa responsável por apresentar a proposta final daqui a algumas semanas. Prefiro não começar a voluntariar opiniões, pois isso, certamente, só vai tumultuar o trabalho do grupo. Tenho segurança de que a solução vai ser consistente com todo o esforço fiscal que está sendo feito pelo país e que já começa com a fixação desse limite. A partir daí, é uma questão de conjugação dos diversos itens definidos dentro do teto”, afirmou, explicando que a proposta do governo prevê que os poderes que estourarem os limites com uma determinada despesa terão que ajustar os gastos com outros itens. (ABr) 

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