Confiança cresce e quebra série de 40 meses de queda
Em junho, um indicador que mede
a segurança do consumidor interrompeu uma sequência de 40 meses de queda
Com o governo em exercício tomando medidas para tirar o País da crise e diante da nova equipe econômica, a confiança do brasileiro começou a aumentar. Em junho, um indicador que mede a segurança do consumidor interrompeu uma sequência de 40 meses de queda.
Os dados são da Fecomércio São Paulo, que avaliou a confiança do consumidor, a percepção dele sobre as condições econômicas atuais e as expectativas desse brasileiro em relação ao futuro.
O indicador é semelhante a um termômetro, que vai de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). Em junho, o índice de confiança ficou em 98 pontos depois de registrar uma alta de 7,9% frente a maio.
Frente a junho do ano passado, a alta foi de 8,2% e foi nessa base de comparação que se quebrou a sequência de 40 meses de deterioração. Essa foi ainda a primeira elevação na comparação entre um mês e o mesmo período do ano anterior desde janeiro de 2013.
“Fica nítido que essa mudança política pelo qual o País passou, seguido pelo anúncio da nova equipe econômica, que é bem capacitada, contribuiu para essa alta da confiança”, avaliou Vitor França, assessor econômico da Fecomercio (SP).
O economista explicou ainda que o Brasil vivia um impasse antes da posse do governo em exercício. Segundo ele, a crise se agravava e o clima político “esquentava”. Na economia, ele observou, o cenário era conturbado e isso minava a confiança do consumidor.
“Essa mudança parece ter acendido uma luz no fim do túnel”, afirmou. A elevação da confiança foi puxada pela alta no Índice das Expectativas do Consumidor (IEC), que mede a percepção em relação ao futuro.
Futuro
No mês passado, essas expectativas subiram 7,2% no comparativo com maio, alcançando os 128,5 pontos e superando a zona mediana do termômetro, ou seja, o brasileiro começa a ficar otimista com o futuro.
Na comparação com junho de 2015, o aumento foi de 26,6% – maior crescimento registrado pelo indicador desde janeiro de 2010 nessa base de comparação.
“Essa mudança está associada a nova política, a nova equipa econômica, que é reconhecidamente capacitada”, classificou França.
“Essa equipe vem anunciando medidas e tem conseguido dar respostas a essa crise grave, principalmente com medidas para desatar o nosso maior problema, que é o fiscal”, argumentou. (Portal Brasil)