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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Bem estar

Como evitar que crianças tenham coqueluche

Vacinação de adultos e amamentação reduzem chances de transmissão antes da conclusão do ciclo de imunização infantil

Postado em 21 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
Como evitar que crianças tenham coqueluche
Vacinação de adultos e amamentação reduzem chances de transmissão antes da conclusão do ciclo de imunização infantil

Algumas doenças comuns em crianças, que eram tidas como erradicadas, reaparecem e dificultam o diagnóstico. É o caso da coqueluche, que obteve um aumento em dez vezes nos casos nacionais, em um período de quatro anos, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde. Especialistas acreditam que a falta de reforço na vacinação, em adultos, é o que está motivando essa volta. 

Segundo Alberto Chebabo, infectologista que integra o corpo clínico do laboratório Atalaia, a principal medida para evitar a coqueluche – e demais doenças que afetam o recém-nascido – é manter a carteira de vacinação em dia, tanto das crianças quanto dos adultos. “No caso da coqueluche, é necessário vacinar as crianças aos 2,4 e 6 meses, e dar reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos, para que a imunização se complete. Porém estudos mostram que, em mais de 75% dos casos da doença, são os pais que infectam os filhos”, explica o médico. 

A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, causada pela infecção de uma bactéria que afeta a faringe. A doença é caracterizada por ataques intensos de tosse. “Por isso ela é mais grave nos bebês. Além do sistema imunológico imaturo, o sistema respiratório ainda está em desenvolvimento, o que aumenta as chances de desenvolver pneumonia e insuficiência respiratória, por exemplo. Isso pode levar a internações e provocar paradas respiratórias, capazes de deixar sequelas mentais e motoras por causa da falta de oxigênio no cérebro, ou até levar à morte”, reforça. 

Adultos também devem se vacinar

Nos adultos, os efeitos da doença tendem a ser mais leves, isso porque 1/3 dos adultos infectados não apresentam sintomas mas transformam-se nos principais transmissores para aqueles com maior risco de complicações: os bebês. “Nos primeiros meses de vida, antes de completar o esquema básico de vacinação, os bebês não contam com o sistema imunológico necessário para combater essa doença. Por isso é recomendado que os adultos que vão ter cuidados dos recém-nascidos, como os pais, babás e até avós, sejam vacinados antes do parto”, reforça.

Existe também a opção de imunização da mãe, durante a gravidez, por meio da vacina para gestantes contra coqueluche. “Teoricamente, a mãe transmite anticorpos para o bebê, durante a amamentação, através do leite. Essa é a única forma de reduzir o risco do bebê de se expor às doenças até que se complete o ciclo de vacinação do bebê”, conclui o médico. 

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