Seduce estuda modelo aplicado nos Estados Unidos
Objetivo é usar os resultados da implantação das OSs em para estudos posteriores
Karla Araújo
A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) firmou parceria com o Banco Mundial para compartilhar experiências sobre o projeto de gestão de organizações sociais (OSs) na rede estadual de ensino. O objetivo é que representantes da instituição acompanhem a implantação do modelo em Goiás e verifiquem os resultados para estudos posteriores.
De acordo com a titular da pasta, Raquel Teixeira, o acordo não envolve recuso público, pois o dinheiro gasto com passagem e hospedagem dos representantes é do próprio banco. O técnico do Banco Mundial Alex Medler está em Goiânia e participa de reuniões com equipes da secretaria. Ele também palestrou no Workshop Organizações Sociais na Educação (OSE) realizado ontem (20) pela Seduce, que contou com a presença de representantes de 22 organizações sociais que pleiteiam a administração de escolas publicas estaduais.
Além de técnico, Medler é PHD em Ciências Políticas e especialista em escola charter dos Estados Unidos. O modelo, segundo ele, é parecido com o que se pretende implantar em Goiás. “São escolas públicas que possuem mais flexibilidade do que as tradicionais, mas ainda são acompanhadas pelo governo. É uma escola mais próxima da comunidade e que prepara o aluno para a vida acadêmica”, explica Medler.
Em relação ao processo realizado em Goiás, Raquel Teixeira reafirma que as escolas permanecerão públicas e gratuitas. “Esperamos que as OSs apresentem ideias inovadoras em termos de gestão, cumprimento de metas e políticas de valorização dos professores”, afirma a secretária. A lista das organizações sociais que vão apresentar proposta de gestão das 23 escolas da região de Anápolis deve ser divulgada em 30 dias. O primeiro chamamento foi cancelado em março deste ano porque nenhuma instituição estava qualificada para assumir as unidades de ensino.