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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Cidades

IPTU complementar pode ser barrado

Por unanimidade, integrantes da CCJ barraram proposta ontem. Projeto de Decreto Legislativo segue agora para plenário

Postado em 28 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
IPTU complementar pode ser barrado
Por unanimidade

Deivid Souza

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Goiânia aprovou ontem, em reunião extraordinária, por unanimidade, o projeto de decreto legislativo que derruba a cobrança do adicional do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) 2016. Agora cabe ao presidente da casa, vereador Anselmo Pereira (PSDB) encaminhar o mesmo para votação em plenário, o que pode acontecer na sessão de hoje. Para aprovação, é necessária maioria absoluta dos vereadores.

O projeto é de autoria do vereador, Elias Vaz (PSB) e relatoria do vereador Djalma Araújo (Rede). Ao todo, 14 vereadores assinam o documento. O pedido de Elias se baseia no argumento de que a Prefeitura de Goiânia não obedeceu aos critérios legais. De acordo com Elias, o Código Tributário de Goiânia exige outras informações, além do tamanho do imóvel, para atualização do valor do imposto como tipo de piso e revestimento de paredes.

Durante a prestação de contas do prefeito Paulo Garcia, na Câmara ontem, o vereador fez questão de inquirir chefe do executivo municipal sobre o assunto. “Nós tivemos uma situação em Goiânia diferente de outras capitais, nós estamos até investigando tanto Salvador, quanto outras capitais, o recadastramento imobiliário, que é correto, mas sendo feito por uma foto aérea. Nós queremos saber como é que a prefeitura consegue ver o quê que (a pessoa) construiu dentro, e qual legislação que permite”, questionou.

O prefeito assegurou que o procedimento é legalmente válido e “poucos” contribuintes entraram com processo para pedir revisão da cobrança. “Se houver erro, a equipe tributária fará a revisão. Nós tivemos ao longo deste período em pouco mais de 100 mil complementos, somente 548 proprietários que entraram com o processo para a revisão”, afirmou.

O secretário de finanças do município, Jeovalter Correia, também esteve na Câmara ontem e saiu em defesa da legalidade do adicional. Ele acredita que o decreto legislativo não tem efeito. “A gente tem um diálogo com a Câmara e a gente acha que isso não é possível. Primeiro, o decreto não anula um ato externo da prefeitura”, frisou.

Início

O anúncio da cobrança complementar do imposto foi feito pelo secretário de Finanças, Geovalter Correia, durante uma coletiva de imprensa no dia 31 de maio. De acordo com a prefeitura, 129 mil contribuintes têm que pagar a diferença.

O valor refere-se à diferença entre a área construída atual dos imóveis a área declarada à prefeitura. A atualização foi feita pela empresa Geopix e durou seis meses. O sistema utiliza imagens aéreas, uso de laser e imagens via satélite. A margem de erro, de acordo com a empresa é de 10 centímetros. Os proprietários de imóveis podem consultar a foto da planta do imóvel no site ‘www.iptugoiania.com.br’, informando a matrícula do mesmo.

A expectativa da prefeitura é arrecadar R$ 18 milhões a mais que anos anteriores. A receita aproximada do tributo é de R$ 400 milhões por ano. A atualização constatou que de 2011 – ano da última atualização – para o início de 2016 constatou aumento de 37% na área edificada da cidade.

Ontem foi o último dia para pagamento da taxa com o desconto, válido para a quitação sem parcelamento. A legislação vigente estabelece que quaisquer alterações nas características imobiliárias devem ser informadas à prefeitura em, no máximo, 30 dias.

O não pagamento do IPTU, incluindo a cobrança complementar, se não feita provoca o envio do débito a protesto em cartório e consequente negativação dos devedores em serviços de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. 

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