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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
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Ensino

Refugiados recebem diploma de português

Curso foi ministrado em Brasília com apoio da ONU. Turma teve 30 alunos

Postado em 11 de julho de 2016 por Sheyla Sousa
Refugiados recebem diploma de português
Curso foi ministrado em Brasília com apoio da ONU. Turma teve 30 alunos

Muitos adjetivos marcaram os discursos de agradecimento de professores e voluntários do curso de língua portuguesa concluído por 30 refugiados e imigrantes no último dia 5 de julho, em Brasília.

Com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e do Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH), o curso Módulo Acolhimento é realizado pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa em Português para Estrangeiros (NEPPE) da Universidade de Brasília (UnB). Composto por três níveis, o curso teve início no final de 2012 com a proposta de ensinar o idioma para atender as necessidades imediatas de refugiados e imigrantes.

Para a refugiada de Uganda Aisha, que chegou ao Brasil em 2014, as aulas foram fundamentais para conhecer não só a língua mas também a cultura brasileira. “Embora eu ainda não fale muito bem em português, sei que vou conseguir. Agradeço ao trabalho duro dos professores e a oportunidade de ter conhecido novas pessoas, de ter feito novos amigos”.

O aprendizado da língua é um importante fator de integração de refugiados e imigrantes às sociedades de acolhida. É por meio do conhecimento do idioma local que perspectivas de trabalho se tornam mais efetivas, assim como qualquer negociação que envolva os direitos trabalhistas, contratos de moradia e atendimentos nos sistemas de saúde, por exemplo.

“O aprendizado do português beneficia muitos refugiados e imigrantes que, por distintas razões, vieram morar neste maravilhoso país. O curso é uma porta importante para progredir e nos integrar na sociedade”, disse Marcelo, solicitante de refúgio boliviano e que vive no Brasil há dois anos.

Dentre os 95 inscritos no início do ano, apenas um terço conseguiu concluir o curso. A maior dificuldade foi  o transporte até a UnB, pois muitos não conseguiram o passe livre estudantil. (Agência ONU)

 

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