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sábado, 28 de dezembro de 2024
Rio2016

Posters da Rio 2016 são lançados em exposição no Museu do Amanhã

Os posters já são uma tradição dos Jogos Olímpicos, mas nesta edição têm conceitos diferentes e os artistas tiveram liberdade para expressar o que sentiam

Postado em 13 de julho de 2016 por Redação
Posters da Rio 2016 são lançados em exposição no Museu do Amanhã
Os posters já são uma tradição dos Jogos Olímpicos

O Comitê Rio 2016 lançou hoje (12) a coleção oficial dos posters Rio 2016. Os trabalhos ficarão expostos na parte externa do Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio de Janeiro, até o dia 25 de agosto e depois serão levados para o Parque Olímpico de Deodoro, onde poderão ser vistos até o fim dos Jogos Paralímpicos, em setembro. Os posters estarão à venda nas lojas oficiais da Olimpíada. 

Os posters são dos artistas Alexandre Mancini, Antônio Dias, Beatriz Milhazes, Cláudio Tozzi, Eduardo Kobra, Ana Clara Schindler, Gustavo Greco, Gringo Cardia, Geleia da Rocinha, Gustavo Piqueira, Guto Lacaz, Juarez Machado, Rico Lins e Olga de Amaral.

A seleção foi feita pela diretoria de Cultura do Comitê Rio 2016 a partir de sugestões do Instituto Inhotim, do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-SP), do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), do Museu de Arte do Rio (MAR), do Museu de Arte de São Paulo (Masp), do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), da Pinacoteca e do Museu do Amanhã.

“A cultura é uma parte muito importante para nós dentro dos jogos. É a nossa grande anfitriã, por isso criamos uma coleção onde temos artistas de Minas, São Paulo Rio de Janeiro e sul-americanos [a colombiana Olga de Amaral] e o importante é ter a expressão de mais de um artista e não apenas de um eleito, já que o Brasil é um país tão grande”, disse a diretora de Cultura do Comitê Rio 2016, Carla Camurati à Agência Brasil.

Os posters já são uma tradição dos Jogos Olímpicos, mas nesta edição têm conceitos diferentes e os artistas tiveram liberdade para expressar o que sentiam. “Quisemos fazer algo diferente de outros jogos olímpicos. Apresentar uma coleção de artistas, a maioria brasileiros, mas que pudessem transmitir os seus sentimentos aos jogos. O resultado é espetacular”, elogiou o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

Inspiração

O multiartista Gringo Cardia, que desenvolve projetos desde design gráfico até cenários e é curador de museus fora do país, disse que está feliz pela diversidade de artistas participantes e em poder representar o Rio e o Brasil nos cartazes olímpicos. “Fiz uma parceria com o Geleia da Rocinha e para a gente é muito importante e uma honra poder estar neste time que representa nas artes plásticas o que é a Olimpíada para cada um. Estamos felizes.” 

Alexandre Mancini preferiu compor seu trabalho com base na azulejaria, muito presente no Rio de Janeiro, e usou elementos geométricos, que para ele são de compreensão universal, insinuando os cinco arcos olímpicos e a Bandeira do Brasil, de forma subjetiva e nada evidente. O artista revelou que sempre teve interesse nos posters de olimpíadas. “Tenho como referência pessoal a história da Olimpíada de Tóquio, em 1964; do México, em 1968 e de Munich, em 1972. É uma referência muito forte e perceber como isso dura décadas, quase como contar um pouco a história humana. É até um pouco assustador pensar que faço parte desta história. É muito significativo”, disse.

Já Juarez Machado disse que sentiu muita emoção e orgulho em fazer parte do projeto cercado da “fina flor da arte brasileira”. O artista plástico disse que a inspiração veio ao olhar a Praia de Copacabana da janela de casa. “Vejo as pessoas correndo. Foi fácil. Apenas olhei pela janela do ateliê que tenho aqui no Brasil. Tinha acabado de chegar de Paris, onde moro. Já cheguei com muita vontade de fazer”, contou.

Mas esta não é a única emoção relacionada aos Jogos Rio 2016 para Juarez. Amanhã (13), o artista plástico vai a sua cidade de nascimento, Joinville, em Santa Catarina, para participar do revezamento da tocha olímpica “É outra emoção. Já estou preparado. Estou com medo que possa ter problema de neblina e o avião não desça a tempo, mas estou na torcida para que tudo dê certo.”

A designer Ana Clara Schindler tem atrofia espinhal infantil progressiva e, por isso, desde os 7 anos, só se locomove deitada em uma cadeira de rodas especial. Ana Clara foi escolhida entre os artistas que trabalham para o Estúdio Preto e Branco. “A condição dela é estar sempre na cadeira, mas tem uma mente absolutamente brilhante, sonha o mundo, pensa o mundo, vive o mundo com toda a sua potencialidade. Ela sonha e não tem limite para isso e vai sempre além”, disse a mãe da artista, Ana Maria Schindler.

O secretário especial de Turismo e presidente da Empresa Municipal de Turismo do Rio (Riotur), Antônio Pedro Figueira de Mello, disse que pretende comprar posters para distribuir às agências de viagem, mas que a quantidade ainda não está definida. “Primeiro vou ter que ver como será a logística com o comitê, para a gente poder divulgar, passar para as agências de viagem, passar para todos ao meios possíveis, principalmente, do trade turístico, para mostrar a Olimpíada e o Rio de Janeiro. Vão estar à venda nas lojas Rio 2016, mas quero fazer uma compra de um lote direto da Riotur para fazer a divulgação.” (EBC) (Foto: Crisitina Indio do Brasil/Agência Brasil)  

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