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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
PROJETO

‘Casa Fora de Casa’ promove encontros de ocupação

Ações criativas divididas por quatro partes do Setor Sul discutem urbanismo e transformação da paisagem urbana

Postado em 23 de julho de 2016 por Sheyla Sousa
‘Casa Fora de Casa’ promove encontros de ocupação
Ações criativas divididas por quatro partes do Setor Sul discutem urbanismo e transformação da paisagem urbana

Tem início, neste sábado (25), o projeto Casa Fora de Casa, do estúdio Sobreurbana, que promove, durante os meses de julho, agosto e setembro, várias ações colaborativas com foco na transformação da paisagem urbana, nos movimentos de ocupação de espaços públicos e na discussão sobre meio ambiente, áreas verdes e espaços criativos. O estúdio Sobreurbana, que atua colaborativamente com diferentes profissionais que desejam transformar a cidade, é um laboratório de arquitetura pública, de comunicação e de promoção cultural para desenvolver ideias e soluções para a cidade por meio de um processo participativo e multidisciplinar.

O primeiro local a ser contemplado é a Praça Wilson Valente Chaves (Av. Cora Coralina). Durante as primeiras semanas, haverá ainda oficinas de vídeo, educação patrimonial e serigrafia no Coletivo Centopeia. Ao longo de realização, o Casa Fora de Casa se estende por quatro áreas diferentes do Setor Sul, com ações e ideias criativas em praças e zonas verdes. Ao todo, o projeto percorrerá distintos pontos da região, até o Bacião das Artes, próximo ao Bosque dos Pássaros. 

Os trabalhos se dividem entre oficinas e encontros de mapeamento de rotas e execução de sinalização e construção de instrumentos musicais, oficinas artísticas e trabalho colaborativo. A proposta é que as áreas verdes do Setor Sul possam ser aproveitas ao máximo pelos moradores do bairro e da cidade. “O Casa Fora de Casa é um projeto de urbanismo tático, porque busca, por meio de soluções criativas e de um processo participativo, atuar sobre os espaços públicos da cidade, historicamente precarizados, no sentido de incentivar que a população se sinta responsável por eles”, aponta a coordenadora do projeto, a urbanista e arquiteta Carol Farias.

“Utilizando atividades pautadas pelo urbanismo tático e variadas oficinas artísticas que produzirão intervenções urbanas, vamos construir uma visão de futuro e coletiva para essas áreas e executar algumas ideias”, explica Carlos. Toda uma agenda foi construída para valorizar e recuperar as áreas abandonadas. O foco é pensar a cidade não como um lugar de passagem, mas como um lugar de encontro. O Casa Fora de Casa se estende até o dia 25 de setembro, quando ocorre a festa de encerramento do projeto. “Ao transformarmos o cidadão, a forma como olha e atua no seu bairro, estaremos a transformar a cidade. Pela sua especificidade, sua história, sua centralidade, o Setor Sul é um bairro muito especial e de enorme visibilidade”, reitera o produtor cultural André Gonçalves, também coordenador do projeto.

Estruturado em dois eixos de ação, o Casa Fora de Casa se divide entre os encontros com a comunidade, em quatros pontos da trama de áreas verdes do Setor Sul, e as atividades paralelas no Coletivo Centopeia. Nas áreas verdes, os encontros vão obedecer à seguinte sequência: atividades para o reconhecimento das áreas e das pessoas, brainstorming de ideias para construir uma visão coletiva de futuro para esses espaços públicos, oficinas artísticas para a execução de ideias, festas para celebração do trabalho realizado e, por fim, avaliação qualitativa de tudo o que for produzido. “Teremos também encontros de desenho nas áreas e mutirões de limpeza”, revela Carol. 

A programação está no site www.casaforade.casa ou nas redes sociais @casaforadecasa.

 

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