‘Casa Fora de Casa’ promove encontros de ocupação
Ações criativas divididas por quatro partes do Setor Sul discutem urbanismo e transformação da paisagem urbana
Tem início, neste sábado (25), o projeto Casa Fora de Casa, do estúdio Sobreurbana, que promove, durante os meses de julho, agosto e setembro, várias ações colaborativas com foco na transformação da paisagem urbana, nos movimentos de ocupação de espaços públicos e na discussão sobre meio ambiente, áreas verdes e espaços criativos. O estúdio Sobreurbana, que atua colaborativamente com diferentes profissionais que desejam transformar a cidade, é um laboratório de arquitetura pública, de comunicação e de promoção cultural para desenvolver ideias e soluções para a cidade por meio de um processo participativo e multidisciplinar.
O primeiro local a ser contemplado é a Praça Wilson Valente Chaves (Av. Cora Coralina). Durante as primeiras semanas, haverá ainda oficinas de vídeo, educação patrimonial e serigrafia no Coletivo Centopeia. Ao longo de realização, o Casa Fora de Casa se estende por quatro áreas diferentes do Setor Sul, com ações e ideias criativas em praças e zonas verdes. Ao todo, o projeto percorrerá distintos pontos da região, até o Bacião das Artes, próximo ao Bosque dos Pássaros.
Os trabalhos se dividem entre oficinas e encontros de mapeamento de rotas e execução de sinalização e construção de instrumentos musicais, oficinas artísticas e trabalho colaborativo. A proposta é que as áreas verdes do Setor Sul possam ser aproveitas ao máximo pelos moradores do bairro e da cidade. “O Casa Fora de Casa é um projeto de urbanismo tático, porque busca, por meio de soluções criativas e de um processo participativo, atuar sobre os espaços públicos da cidade, historicamente precarizados, no sentido de incentivar que a população se sinta responsável por eles”, aponta a coordenadora do projeto, a urbanista e arquiteta Carol Farias.
“Utilizando atividades pautadas pelo urbanismo tático e variadas oficinas artísticas que produzirão intervenções urbanas, vamos construir uma visão de futuro e coletiva para essas áreas e executar algumas ideias”, explica Carlos. Toda uma agenda foi construída para valorizar e recuperar as áreas abandonadas. O foco é pensar a cidade não como um lugar de passagem, mas como um lugar de encontro. O Casa Fora de Casa se estende até o dia 25 de setembro, quando ocorre a festa de encerramento do projeto. “Ao transformarmos o cidadão, a forma como olha e atua no seu bairro, estaremos a transformar a cidade. Pela sua especificidade, sua história, sua centralidade, o Setor Sul é um bairro muito especial e de enorme visibilidade”, reitera o produtor cultural André Gonçalves, também coordenador do projeto.
Estruturado em dois eixos de ação, o Casa Fora de Casa se divide entre os encontros com a comunidade, em quatros pontos da trama de áreas verdes do Setor Sul, e as atividades paralelas no Coletivo Centopeia. Nas áreas verdes, os encontros vão obedecer à seguinte sequência: atividades para o reconhecimento das áreas e das pessoas, brainstorming de ideias para construir uma visão coletiva de futuro para esses espaços públicos, oficinas artísticas para a execução de ideias, festas para celebração do trabalho realizado e, por fim, avaliação qualitativa de tudo o que for produzido. “Teremos também encontros de desenho nas áreas e mutirões de limpeza”, revela Carol.
A programação está no site www.casaforade.casa ou nas redes sociais @casaforadecasa.