Pedro Doria lança livro sobre batalhas
A fexcvh cxvvh bxcvh bcx vhbxcvhb xcvhbxc vhbxcvh bxcvh bxcvhb xcvh bxcv h bxcv h bcxv h bxcvh
Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, Rio de Janeiro, 1922. Revolução e bombardeio da cidade de São Paulo, 1924. Origens da coluna Prestes, no Rio Grande do Sul, 1925. Três Estados brasileiros, três momentos da história, três levantes contra o poder da República Velha e um só elo: o movimento tenentista. Em seu novo livro, Tenentes – A Guerra Civil Brasileira, o jornalista Pedro Doria mergulha em três episódios que, segundo ele, são pouco estudados e deram origem à revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, e ao Golpe Militar de 1964, instaurando a ditadura que duraria mais de 20 anos no País.
“No início da década de 1920, o Brasil já era uma República. Mas persistia com vícios monárquicos, uma elite intransponível, sem espaço para crescimento de quem vinha de fora. Muita gente não tinha direito ao voto, havia muita pobreza. Eleições fraudadas. Nenhum direito trabalhista. O Brasil era uma panela de pressão. Como se resolve isso? Um grupo de jovens oficiais militares tinha algumas ideias sobre o que fazer. Puseram-nas em prática. De certa forma, nenhum outro grupo de pessoas é tão responsável pela cara do século 20 brasileiro do que eles”, diz o autor, em entrevista ao blog da Record.
Com uma narrativa que se aproxima da crônica, mas em ritmo de thriller, Pedro Doria mergulha o leitor nos cenários em que se dão as batalhas. No Rio, em 1922, descobrimos que os tenentes aquartelados no Forte de Copacabana, que queriam depor o então presidente Arthur Bernardes, se comunicavam com as Forças Armadas do governo por meio de um telefone instalado num cabaré próximo. Mostra os bastidores e reuniões dos grandes nomes envolvidos, como, entre outros, os revoltosos Siqueira Campos, Eduardo Gomes e Luiz Carlos Prestes, mas também cenas de anônimos como a dona de casa que, no bairro da Penha, em São Paulo, serve um café a um soldado do governo, e este, em seguida, mata o seu marido. No Rio Grande do Sul, onde os tenentes precisavam lidar com as rivalidades locais entre chimangos e maragatos, conta como a mãe octogenária de um coronel deu um pito no tenente Juarez Távora.
“Estou muito preocupado em fazer o leitor compreender este mundo. O Rio de 1922, a São Paulo de 1924 ou o Rio Grande do Sul de 1925 não são como estes lugares hoje. Em que eram diferentes? A melhor maneira de mostrar é levando o leitor para passear por estas ruas, testemunhar pequenos momentos. Assim, de forma agradável, ele compreende em que mundo essa história se passa. É contar como eram as pessoas importantes. Como se vestiam? Com o que se preocupavam? Como falavam? O que fizeram? O que as angustiava? De resto, os fatos ajudam numa história assim, com inacreditáveis batalhas nas ruas das principais cidades do País”, diz o autor.
Doria
Pedro Doria é colunista dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo e da rádio CBN. Em O Globo, liderou a equipe que venceu o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa em 2012. Foi Knight Fellow na Universidade de Stanford. Carioca, pai de três filhos, é autor de outros seis livros. O livro Tenentes chega às livrarias neste mês de julho.