ABL decreta luto oficial de três dias e destaca participação de Pitanguy
O cirurgião plástico e acadêmico morreu aos 90 anos, de parada cardíaca, em sua casa na zona sul do Rio
Em nota publicada ontem (6) em sua página na internet, a Academia Brasileira de Letras (ABL) decretou luto de três dias pela morte do cirurgião plástico e acadêmico Ivo Pitanguy, que morreu aos 90 anos, de parada cardíaca, em sua casa na zona sul do Rio.
"Ivo Pitanguy era uma presença brasileira em todo o mundo, um amigo fraterno, um acadêmico sempre participativo na ABL, uma raríssima figura humana, aberta plenamente à doação dos seus saberes e de sua alta competência," diz a nota.
Na sexta-feira, dia da abertura oficial dos Jogos Rio 2016, na última aparição pública, o cirurgião plástico participou do revezamento da tocha olímpica no bairro da Gávea, onde está localizada sua clínica.
A determinação para o luto de três dias, com o hasteamento da bandeira da ABL a meio-mastro no período, foi dada pelo presidente da academia, o professor Domício Proença Filho, que se encontrava em missão oficial aos Estados Unidos.
Velório
O corpo de Pitanguy será velado a partir das 13h, no Cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária da cidade, e cremado por volta das 18h.
Com uma carreira internacional de sucesso, Ivo Pitanguy atendeu a personalidades do mundo inteiro, além de prestar serviços a pessoas simples que buscavam sua ajuda em problemas graves e que necessitavam, muitas vezes, de intervenções delicadas.
O cirurgião plástico se destacou também como escritor, tendo sido eleito em 11 de outubro de 1990 para ocupar a cadeira 22 da ABL, que tem como patrono José Bonifácio.
Nascido em Belo Horizonte, em 5 de julho de 1923, Pitanguy deixa a mulher Marilu Nascimento, com quem era casado desde 1955, além de quatro filhos (Ivo, Gisela, Helcius e Bernardo) e cinco netos. (Agência Brasil)