Aqueda em Jogos Olímpicos abala qualquer atleta. Não só o psicológico, mas o aspecto físico também sofre após fracasso em uma competição dessa magnitude. A brasileira Mayra Aguiar conseguiu superar todas essas dificuldades após eliminação na semifinal, diante da francesa Audrey Tcheumeo, e retornou ao tatame para conquistar a medalha de bronze sobre a cubana Yalennis Castillo – a terceira do Brasil, que soma um ouro com a judoca Rafaela Silva e uma prata com o atirador esportivo Felipe Wu. O ouro ficou com a americana Kayla Harrison, rival de Mayra.
“É uma satisfação para o atleta conquistar uma medalha olímpica. Foi um momento difícil ter de virar a cabeça , dar a vota por cima e começar uma nova competição. Estou muito feliz e tenho de comemorar agora. Uma experiência muito grande e um aprendizado”, disse Aguiar ao deixar o tatame.
Em sua primeira luta, já pelas oitavas de final, a brasileira precisou de poucos segundos para levantar a torcida. Ela conseguiu wazari logo nos primeiros movimentos, foi para o solo e imobilizou a australiana Miranda Giambelli.
A alemã Luise Malzahn, nas quartas, deu mais trabalho. Em duelo travado, Mayra conseguiu forçar uma punição da adversária e entrou no minuto final em vantagem. Foi só administrar e se assegurar de não cometer erros para chegar à semi.
Depois de avançar na competição através do shido, Aguiar foi eliminada da mesma forma antes de chegar à decisão. A brasileira sofreu duas punições contra apenas uma da francesa Audrey Tcheumeo e deu adeus ao sonho do ouro em mais um combate amarrado.
Mayra teve pouco mais de 20 minutos para se recuperar mentalmente antes da luta pelo bronze. Apesar da decepção, Aguiar conseguiu voltar bem focada ao tatame e colocou pressão em Yalenis Castillo logo no início. Em bom movimento, a brasileira jogou a adversária no solo de lado, anotando um yuko. A cubana ainda sofreu punição por falta de combatividade e não conseguiu  evitar a festa na Arena Carioca 1.