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domingo, 24 de novembro de 2024
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Economia

Petrobras não prevê reajuste de combustíveis

Depois de anunciado último balanço positivo da companhia, empresa garante manter preços estáveis

Postado em 13 de agosto de 2016 por Redação
Petrobras não prevê reajuste de combustíveis
Depois de anunciado último balanço positivo da companhia

A Petrobras não tem previsão de fazer um reajuste de preços dos combustíveis, no momento. Mas, o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, disse nesta quinta-feira (11) que a companhia tem mantido a prática de avaliar a garantia de que pratica preços competitivos, de participação no mercado e, na medida em que for necessário mexer nos valores, a decisão será tomada.
“Por enquanto, o cenário não está muito claro. Tem uma volatilidade muito grande de preço. Se olhar os fundamentos do mercado, o que se estava  esperando do inverno nos Estados Unidos não foi, os estoques de diesel ficarem bastante elevados no meio do inverno, a estação de férias do hemisfério norte também não puxou os preços da gasolina para cima, o petróleo caiu quase US$ 5 por barril no mês e hoje (11) subiu cinco. Permanentemente a gente monitora os fundamentos de mercado e olha market share [participação no mercado] versus preços de mercado. Na hora em que precisar tomar uma decisão, a gente vai tomar”, disse Celestino.
O diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Ivan Monteiro explicou que o lucro líquido de R$ 370 milhões, registrado pela companhia no segundo trimestre de 2016, ficou abaixo das expectativas de mercado porque as previsões não levaram em conta o impairment (ajuste de desvalorização de ativos) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o provisionamento para o Programa de Demissão Voluntária (PDV) e a devolução de campos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O número é positivo em relação aos três primeiros meses de 2016, quando a estatal registrou prejuízo de R$ 1,2 bilhão. “Esses três fatos mais do que justificam a diferença em relação à média apontada pelos analistas”, explicou o diretor da Petrobras. A companhia permanece na busca de parceiros para os projetos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e, segundo o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, até o momento, a Petrobras gastou no empreendimento cerca de US$ 13,5 bilhões.
“Esses três fatos mais do que justificam a diferença em relação à média apontada pelos analistas”, explicou o diretor da Petrobras. A companhia permanece na busca de parceiros para os projetos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e, segundo o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, até o momento, a Petrobras gastou no empreendimento cerca de US$ 13,5 bilhões.

Venda de ativos
O balanço do segundo trimestre não registrou a venda da subsidiária da Argentina, incluída no programa de desinvestimentos da empresa. Monteiro afirmou que isso ocorreu porque o valor foi recebido posteriormente ao fechamento. A venda da subsidiária do Chile também não foi incluída, porque o caixa da operação ainda não foi recebido. No caso da Argentina, este processo levou de quatro a cinco meses.
“Procuramos dar ampla competitividade ao processo. Isso é a questão mais importante. É da competitividade que virá efetivamente a geração de valor para a Petrobras. Há uma concentração para o cumprimento da meta no segundo semestre. Efetivamente há, mas estamos bastante esperançosos de que vamos conseguir atingir os nossos objetivos”.
Conforme o diretor, o ativo mais caro vendido pela Petrobras, até agora, foi um campo no Peru, em 2014, na faixa de US$ 3 bilhões. Monteiro destacou que está mantida a meta do programa de desinvestimentos para o biênio 2015/2016, em US$ 15,1bilhões. “Estamos perseguindo esta meta com bastante tenacidade”, disse ele.
“O programa de desinvestimentos auxiliará bastante na redução do endividamento da companhia e no auxílio ao próprio programa de investimentos. Apesar da redução que foi praticada, ele é um número extremamente expressivo ainda, na faixa entre US$ 17 bilhões a US$ 19 bilhões. A companhia tem procurado manter estes números, que são divulgados como metas que ela persegue a cada trimestre”.
O diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da Petrobras, Nélson Luiz Costa Silva, revelou que, em meados de setembro, será divulgado o Plano de Negócios da companhia. Ele está há poucos dias no cargo, que foi criado após aprovação de assembleia geral extraordinária de acionistas no dia 4 deste mês. A eleição no Conselho de Administração foi ontem (10) e Nélson Luiz contou que o plano vai trazer algumas novidades: “É um plano que vem com uma cara moderna, que integra toda a empresa, que integra planejamento estratégico com plano de gestão, com sistema, de controle de gestão bastante moderno”, disse.
O diretor de Assuntos Corporativos, Hugo Repsold Junior, disse que a adesão ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) vai até o dia 31 de agosto e que até o início do mês recebeu 5 mil inscrições, mas a previsão é fechar com um número maior: “Como este processo termina no final de agosto, devemos ter uma aceleração já no seu final e a gente está mantendo a projeção de um número entre seis mil e sete mil empregados. É ainda impreciso. Vamos esperar o comportamento no final do mês, mas estão mantidas estas projeções”.
 

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