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domingo, 24 de novembro de 2024
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Economia

A conquista do primeiro emprego

Em meio ao grande número de pessoas em busca de um emprego, empresas decidem investir e abrir portas

Postado em 15 de agosto de 2016 por Sheyla Sousa
A conquista do primeiro emprego
Em meio ao grande número de pessoas em busca de um emprego

A economia do Brasil atravessa um momento conturbado, empresas fazendo demissões em massa e o nível de desemprego lá no alto. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no País, de janeiro a maio deste ano, se manteve em 11,2%, ou seja, 11,4 milhões de pessoas sem trabalho. Um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na contramão destes números, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged) apontou que Goiás obteve um saldo positivo de 12.522 vagas de trabalho no primeiro trimestre de 2016. Mesmo assim, conseguir uma vaga no mercado de trabalho continua sendo algo desafiador, principalmente quando é o primeiro emprego e de carteira assinada.
Superar a dificuldade e obter um trabalho fixo com pouca ou nenhuma experiência nunca foi uma tarefa fácil, principalmente para quem sempre se dedicou exclusivamente aos estudos. Ketleen Winner sentiu esta dificuldade na pele. Após concluir os estudos a jovem de 25 anos ficou mais de dois anos desempregada, até que viu em uma franquia voltada para o ramo de alimentação saudável, a oportunidade de entrar neste mercado extremamente concorrido. “Eu precisava muito trabalhar. Minha mãe estava desempregada e o dinheiro que tínhamos era o salário que minha irmã recebia”, lembra.
Em 2013 a jovem recebeu a primeira oportunidade de emprego como atendente de uma unidade da empresa, hoje, três anos depois, já é supervisora de loja própria. “Já recebi inúmeras propostas de trabalho, mas eu nunca quis mudar de emprego. Gosto muito do que faço e acompanho, diariamente, o crescimento da empresa. Sei que aqui eu posso crescer junto com ela”, relada Ketleen.
Guilherme Augusto tem apenas 19 anos e atualmente é treinador de lojas próprias na empresa. Assim como Ketleen, ele também chegou à Fast Açaí sem nenhuma experiência e há cerca de um ano e meio ele adquiriu experiências inigualáveis. “Antes eu ajudava o meu tio em um verdurão, hoje tenho uma experiência profissional graças à oportunidade que a empresa me deu. Isso mudou a minha vida para muito melhor”, conta.
A empresa tem o propósito de dar oportunidades de trabalho para quem nunca teve uma chance no mercado desde o seu início, em 2012. Somente nas 10 unidades próprias da empresa, nestes 4 anos 23 pessoas puderam ter a carteira assinada pela primeira vez. “Queremos pessoas que venham construir conosco uma marca cada vez mais sólida e frutífera, pensando em saúde e nas gerações futuras”, conta o coordenador de operações das unidades próprias, Saulo Daniel.
Segundo a coordenadora de RH das unidades próprias, diariamente são cerca de 20 currículos que ela recebe de pessoas que não possuem nenhuma qualificação profissional, mas precisam entrar no mercado de trabalho. “Aqui esses funcionários são treinados para executar um bom atendimento. Eles aprendem os princípios da empresa, por isso o trabalho deles flui melhor. Além disso, em caso de mudança, essas pessoas terão a mente mais aberta e aceitarão essas modificação de forma mais fácil”, explica Priscila Pinheiro.

Independência
Além de uma grande oportunidade para se começar uma carreira, que pode ser brilhante, o primeiro emprego é também um fator preponderante para outro aspecto na vida dos jovens: a busca pela independência. “Eu entrei na URBS RT com 16 anos. Ter o primeiro emprego foi uma ótima experiência para mim. Foi o início da conquista da minha independência. É muito gratificante você receber seu primeiro salário, saber que aquele dinheiro foi merecido, foi fruto do seu trabalho”, conta a auxiliar administrativa Nathalia Yngrid Sousa Caetano, de 18 anos, que aos 16 entrou na URBS RT Lançamentos Imobiliários como “menor aprendiz”, Programa do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Depois de mostrar muito empenho e dedicação no departamento de Arquivo da Imobiliária, onde trabalhou por mais de um ano, no dia 8 de março de 2015 (data em que se comemoram justamente as conquistas femininas) Nathalia recebeu a ótima notícia que seria efetivada no setor de Acerto Final da empresa. “Sabia que ia ser uma ótima oportunidade e lá dentro percebi que já tinha algumas pessoas que foram menores aprendizes e que hoje têm ótimos cargos. Então sempre me dediquei, pois sentia que se eu me esforçasse a empresa reconheceria e foi o que aconteceu”, destaca.
Nathalia afirma que o primeiro emprego já tem influenciado em sua escolha por uma carreira. “Aqui na empresa, especialmente em meu setor, fico sabendo sobre muitas leis, por isso estou pensando em cursar Direito”, revela a jovem, que diz também ter amadurecido muito desde que começou a trabalhar. “Aprendi como lidar com vários tipos de pessoas e ter jogo de cintura em situações mais complicadas”, destaca.
 

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