Izabella Mendes 

Na última terça-feira (23) cerca de 300 taxistas se reuniram pela manhã na capital em uma manifestação em detrimento das novas formas de transporte de passageiros por meio de aplicativos como Uber. O ato que iniciou no Paço Municipal, se estendeu até a praça cívica e finalizou no Aeroporto Santa Genoveva.
De acordo com Hugo Nascimento, presidente da Associação dos Permissionários de Táxi no município de Goiânia, esta manifestação faz parte de uma movimentação nacional que busca combater a injustiça provocada por essas novas rotas.
Para o vice-presidente do Sindicato dos Taxistas de Goiânia (SindiTaxi),Julio Soares a ação se mostra necessária uma vez que a categoria dos taxistas vem sofrendo grandes perdas devido a concorrência desleal e afirma que outras categorias como moto táxi e até transporte coletivo também tem sofrido.
A ação tem como objetivo central, não acabar com aplicativos, mas defender a aplicação de taxas regulamentadoras para que os tributos se equiparem aos sancionados por taxistas. A igualdade é a grande busca desta luta.
Embora válida Hugo Nascimento concorda que a melhor forma de lutar pela igualdade não se resume aos protestos, mas no oferecimento de serviços tão bons quanto, afirma o presidente. “Claro que é necessário protestar contra esta maneira predatória e desleal de transporte, mas temos tentado sensibilizar a população oferecendo novos modos de serviço de bordo como wifi para clientes, balinhas, jornais e revistas”, finaliza

Reunião na SEPLANH
Cerca de 60 taxistas presentes na manifestação se reuniram no auditório da Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação de Goiânia (SEPLANH) com o presidente Sebastião Juruma no período da tarde. 
Na ocasião, o titular reforçou que a Superintendência de Ordem Pública tem realizado ações legais com objetivo de coibir os chamados “transportes clandestinos” em Goiânia. Dentre as medidas ressaltadas o secretário citou o fechamento da empresa SaferTAxi, localizada no Aeroporto Internacional de Goiânia, e que funcionava sem a exigida autorização.
Sebastião finalizou afirmando que a SEPLANH apresentou ao Ministério Público uma ordem que solicita aplicação da Lei Municipal que coíbe qualquer tipo de transporte individual de passageiros sem autorização da Secretaria Municipal de Trânsito Transporte e Mobilidade.