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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Julgamento

Ao retornar do intervalo, governistas dizem que Dilma não soa convincente

Senadores favoráveis ao afastamento de Dilma dizem que ela não está sendo convincente em sua defesa para desmontar a tese da acusação de que cometeu crime de responsabilidade

Postado em 29 de agosto de 2016 por Redação
Ao retornar do intervalo
Senadores favoráveis ao afastamento de Dilma dizem que ela não está sendo convincente em sua defesa para desmontar a tese da acusação de que cometeu crime de responsabilidade

No intervalo da sessão em que a presidenta afastada Dilma Rousseff apresenta sua defesa no julgamento do impeachment, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), afirmou que, apesar das críticas dela ao governo Temer e a parlamentares governistas, o voto dos senadores não deve mudar. "Pode comover alguns lá fora, aqui dentro não", afirmou.

Senadores favoráveis ao afastamento definitivo de Dilma dizem que ela tem dado respostas muito técnicas e que, até então, não está sendo convincente em seus argumentos para desmontar a tese da acusação de que cometeu crime de responsabilidade.

O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), que será o primeiro a fazer perguntas após o intervalo, acha que faltou tom emocional ao discurso. Além dele, pelo menos, mais 38 senadores devem fazer perguntas ainda hoje à presidenta afastada. Como cada um tem cinco minutos para inquiri-la e ela não tem limitação de tempo para responder, a expectativa é que esta fase invada a madrugada.

Defesa
Embora reconheçam que Dilma Rousseff dificilmente sairá vitoriosa do processo, senadores contrários ao impeachment, como Randolfe Rodrigues (Rede–AP) destacam que a presidenta afastada fez nesta segunda-feira (29) um discurso histórico.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ressaltou que o discurso de Dilma foi “sereno repsitoso, mas condutente e forte, sem deixar de dizer que esse processo é uma farsa”.

Antes de interromper a sessão para o almoço, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comanda a sessão no Senado, elogiou a "objetividade das perguntas" e o respeito no tratamento entre os senadores e a presidente afastada. Segundo o magistrado isso " garantiu o alto nível" da sessão”.

Ausências

Diferentemente dos últimos dias, hoje, o plenário do Senado está lotado de parlamentares, convidados, jornalistas e assessores. Dois senadores estão ausentes: Wellington Fagundes (PR-MT), que está internado em um hospital particular na capital federal desde a noite de sábado (27), quando sentiu-se mal durante a sessão. Já o senador João Alberto Souza (PMDB-MA) está no Maranhão, mas, segundo a assessoria de seu gabinete, chega ainda nesta tarde a Brasília.

Câmara

A expectativa é que na parte da tarde, pela primeira vez, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acompanhe a sessão do plenário do Senado. A assessoria do parlamentar no entanto, não confirma a informação. (Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Ebc)

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