Treino que trabalha com o corpo e a mente
Personal trainer explica como funciona a técnica moderna do funcional fight e seus benefícios para a saúde
Da redação
Com a rotina atropelada, em que mal se tem tempo para descansar, o sedentarismo predomina na sociedade ocidental. Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte, em junho do ano passado, revelou que 45,9% dos brasileiros não praticaram atividade física em 2013. Dentre os que praticam, foi apontado que a principal motivação é a qualidade de vida, o bem-estar e a melhoria do desempenho físico. Com o objetivo de melhorar o condicionamento e possibilitar o emagrecimento, surge o funcional fight, que é uma mistura do treinamento funcional com técnicas de luta.
O treino funcional trabalha com os movimentos naturais do ser humano – como pular, correr, puxar, agarrar, girar e empurrar. Quem o pratica ganha força, equilíbrio, flexibilidade, condicionamento, resistência e agilidade. Além dos músculos definidos, a luta pode diminuir o estresse e a ansiedade do indivíduo. Outro benefício é a possibilidade de um aumento no controle mental. A luta entra para reforçar o trabalho na flexibilidade do corpo. De acordo com o personal da Body Gyn, Wemerson de Jesus Cândido, trabalha-se, principalmente, com as técnicas do taekwondo e do kickboxing, combinando com os movimentos do treinamento funcional.
A técnica acaba por influenciar, também, na melhora da auto-estima, da respiração, aumenta a disposição, combate a depressão e a qualidade de vida. “A maioria das pessoas que vem me procurar para fazer o funcional fight tem o objetivo de perder peso; o sentimento de estar acima do peso faz com que elas se sintam com baixa auto-estima ou até depressivas”, relata Wemerson. Com isso, o treinamento acaba por influenciar na melhora desses quadros. De acordo com o personal, é comum que pessoas que começam o treinamento funcional possam estar com taxas metabólicas baixas e, até mesmo, com diabetes.
A melhora da qualidade de vida, portanto, é um dos maiores ganhos de quem pratica o funcional fight. Isso porque, além de emagrecer, ganhar auto-estima e condicionamento, a rotina diária do indivíduo passa a ser marcada pelo bem-estar. Por falar em rotina, a prática dessa técnica costuma ser mais leve que outras no que diz respeito à rotina. “Eu gosto de trabalhar com uma frequência de três dias por semana intercalados”, conta. Wemerson explica que, geralmente, trabalha com uma grade de segunda, quarta e sexta, ou terça, quinta e sábado. “Acho esse intercalamento importante, porque dá um dia de descanso para o corpo, até porque o treinamento do funcional fight puxa um pouco mais do que o normal”, explica.