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domingo, 24 de novembro de 2024
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Cinema

Após polêmica, governo reduz para 16 anos classificação do filme Aquarius

Anteriormente a censura era de 18 anos, apesar das várias reclamações da falta de motivo para uma classificação indicativa tão alta

Postado em 1 de setembro de 2016 por Toni Nascimento
Após polêmica
Anteriormente a censura era de 18 anos


O Departamento de Políticas de Justiça, da Secretaria Nacional de Justiça, alterou hoje (1º) de 18 anos para 16 anos a classificação indicativa do filme Aquarius. O filme, do diretor Kleber Mendonça Filho, estreia nesta quinta-feira nos cinemas do país em meio a polêmicas após o cineasta e atores do filme protestaram contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff durante o Festival de Cinema de Cannes, em maio.

Procurado, o Ministério da Justiça ainda não se pronunciou sobre os motivos da reclassificação. Pelo Twitter, o diretor do filme comemorou a mudança. “Justiça foi feita”, postou Kleber Mendonça Filho. O cineasta vinha criticando a classificação inicial do governo por considerá-la injusta, porque apenas filmes com forte conotação sexual recebem o selo de 18 anos, proibido para menores dessa idade.

O filme, considerado o quinto melhor no Festival de Cannes, foi exibido logo depois da votação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Na ocasião, ao subir o tapete vermelho, a equipe liderada pelo diretor Kleber Mendonça Filho segurava cartazes com frases como “Um golpe de Estado ocorreu no Brasil”, “Brasil vive um golpe de Estado”, “O mundo não pode aceitar um governo ilegítimo" e "54.501.118 de votos queimados!".

No festival, Kleber Mendonça estava acompanhado das atrizes brasileiras Maeve Jinkings, Sônia Braga e Barbara Colen, além da produtora Emilie Lesclaux e convidados. O protesto foi destaque na página do festival na internet.

Aquarius, que ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Sydney, é protagonizado por Sônia Braga. Ela interpreta uma jornalista aposentada e moradora do Aquarius, último prédio de modelo antigo da orla de Boa Viagem, no Recife, que enfrenta investidas de uma construtora que pretende demolir o imóvel. (Agência Brasil)

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