Um pedacinho de tecido
A gravata é o símbolo da elegância no vestuário masculino e deve ser sempre muito bem escolhida, compondo em harmonia com o terno
JÚNIOR BUENO
A gravata é um acessório que atrai a atenção. Ela pode ser poderosa em termos de imagem profissional. É o símbolo da elegância no vestuário masculino e deve ser sempre muito bem escolhida, compondo em harmonia com o terno. A origem da peça está ligada a um tipo foulard para indicação de cargos. Eram usados pelos soldados mercenários croatas, em 1635, durante a guerra com franceses e suecos. A expressão croates, como chamados os soldados, deu origem à palavra gravata. Os franceses já usavam uma tira no pescoço chamada plastron, e assim a moda foi lançada.
Maria Inês Borges da Silveira, consultora de comportamento profissional e etiqueta, lembra que, ao adquirir uma gravata, é melhor optar pelas 100% de seda. São mais resistentes, especialmente em termo das cores e nas lavagens a seco. A moda masculina passa por mudanças menos radicais. Na opção do clássico, não há como errar ao escolher padronagens discretas e poucas cores. A gravata combina com camisas de manga longa e deve terminar logo ao meio ou ao fim da fivela do cinto da calça. Na dúvida, na hora de escolher uma para uma entrevista de trabalho, almoço ou jantar de negócios, opte pela clássica, tradicional e discreta.
Quanto aos nós, existem vários tipos, e os mais conhecidos são: o nó americano ou four-in-hand, mais simples; o nó semi-windsor, nó médio triangular; o nó windsor ou inglês, triângulo largo mais formal que combina com colarinhos mais abertos. Se você for alto e magro, opte por gravatas com riscas diagonais e nós menores (semi-windsor). Para homens com ombros largos e porte atlético, as gravatas mais largas e com padrões maiores são as mais adequadas. Ombros mais estreitos, gravata mais fina. “A gravata sempre deve compor com o terno ou costume”, explica a especialista.
O colarinho requer um cuidado especial. Há um estilo certo para cada tipo físico. Lembrar que o colarinho, a camisa e a gravata emolduram o rosto. Pode-se usar todos os tipos de colarinho, no entanto uns favorecem o visual por se adequar ao seu tipo físico e formato do rosto. O colarinho francês é o básico e mais usado e, por não ser tão pontudo e nem tão aberto, combina com rostos mais finos e compridos. O italiano tem a ponta aberta e curta; normalmente, combina com o rosto formato oval; é o indicado para nós de gravatas mais volumosos. O inglês é pontudo e mais longo, equilibra nos rostos redondos, mais cheios, pescoço e rosto largo. Já o colarinho americano é mais liberal, não se usa gravata ou gravatas mais frouxas .
Os alfinetes, que algumas vezes prendem o colarinho, ajudam a introduzir um elemento horizontal. Indicados para pessoas rosto compridos e pescoço fino. Quanto às barbatanas, essas ajudam em uma composição correta. Para o rosto oval pode-se usar qualquer tipo de colarinho. E jamais use colarinhos puídos: eles põem para baixo toda a sua elegância. Maria Inês ainda lembra que elegância exige reflexão. “Não compre por impulso”, finaliza.