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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
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Cidades

Laboratório alerta para imunização contra HPV

Vacinação está disponível em homens apenas na rede particular de atendimento

Postado em 16 de setembro de 2016 por Sheyla Sousa
Laboratório alerta para imunização contra HPV
Vacinação está disponível em homens apenas na rede particular de atendimento

Associado ao câncer de colo de útero, o HPV está longe de ser uma ameaça apenas à saúde feminina. Os homens também estão entre as vítimas desse vírus e as consequências são graves: o papiloma pode provocar câncer de pênis, na região anal e de orofaringe.  Estimativas sugerem que 30% dos casos de câncer de pênis estão relacionados ao vírus.
O HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis de maior incidência no mundo. Metade da população sexualmente ativa já teve contato com o vírus em algum momento da vida. Não é à toa que a Sociedade Americana de Câncer e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos mudaram suas diretrizes recentemente e passaram a indicar a vacinação para ambos os sexos. "A imunização, tanto na mulher quanto no homem, deve ser feita antes do início da atividade sexual", alerta a Dra. Marilene Lucinda, médica clínica responsável pelo setor de vacinas do Laboratório Padrão do Grupo Hermes Pardini e integrante da Diretoria Regional de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Imunização. "Como a atividade sexual tem sido iniciada cada vez mais cedo, o aconselhável é que a imunização ocorra entre os 9 e 11 anos de idade".
Segunda a especialista, o combate à doença na população passa pelo controle do vírus entre o público masculino. "É preciso lembrar que o homem é o principal transmissor do HPV para as mulheres. Por isso, a importância de ambos os sexos serem imunizados", afirma. "Como a rede pública oferece a vacina apenas para mulheres e só de algumas faixas etárias, quem puder, deve levar em conta o custo-benefício e tomar a vacina na rede particular", alerta a Dra. Marilene.
Atualmente, a vacina aprovada para aplicação em homens é a Quadrivalente, que protege contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18, que são responsáveis por cerca de 40% dos casos de câncer de pênis e de câncer anal em homens. Oito em cada dez indivíduos sexualmente ativos entrarão em contato com o vírus no decorrer de suas vidas. "A eficácia é a mesma da vacinação feminina, assim como as doses de aplicação para a imunização", explica a médica. Existem mais de 100 tipos de papilomavírus e a imunização protege contra os mais comuns e mais agressivos, que provocam o câncer.
 Mas a médica do Grupo Hermes Pardini pondera que a vacina não dispensa o exame preventivo e o sexo seguro, pois não protege contra todos os tipos de HPV e outras doenças sexualmente transmissíveis. E alerta para a importância da vacinação mesmo que a pessoa já tenha contraído o vírus. Afinal, ela permanece suscetível à infecção por outros sorotipos.

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