O que o laser pode fazer
Doutor em laser esclarece alguns pontos sobre os procedimentos na estética
Cera, prestobarba e pinça podem ser alguns dos instrumentos utilizados para depilação que é feita pelo menos uma vez na semana por quem se incomoda com a presença dos pelos no corpo. A frequência, no entanto, diminuiu depois da chegada do laser. A famosa depilação a laser possibilitou que mulheres passassem a depilar-se, uma vez ao ano, e homens praticamente abandonassem a prática de tirar a barba na frente do espelho. Além disso, a chegada da tecnologia, considerada microinvasiva, é utilizada em diversas instâncias da estética – desde a retirada de espinhas a procedimentos de rejuvenescimento.
O cirurgião plástico e doutor em laser Rafael Nunes – membro da American Society for Laser Medicine and Surgery (ASLMS), da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) – explica que o laser chegou para facilitar a vida de quem, antes, passava por procedimentos demorados. “Antes, para tudo, era preciso fazer cirurgia, agora ficou mais fácil com o laser, e até coisas que eram impossíveis de tratar passaram a ser possíveis por causa do laser”, explica. Ele destaca ainda que os avanços do laser para a estética estão em duas instâncias: a segurança e a eficácia. O médico destaca também a melhora na qualidade de vida das pessoas. “Hoje, temos uma população que vive mais e que, com os smartphones e a internet, está sujeita a maior exposição, e muita gente acaba não ficando satisfeita com a própria imagem”, exemplifica. Com os procedimentos de correção facilitados pelo laser, a auto-estima dessa pessoa pode melhorar e, com isso, a qualidade de vida. “O laser traz conforto e liberdade, também, para quem tinha de ficar usando cremes e remédios para acne, por exemplo”, destaca.
Mas, antes de utilizar o laser em qualquer pessoa que queira, é feita uma avaliação, antes, que compreende desde os aspectos físicos aos emocionais. “Gosto de destacar que a beleza está muito mais associada à naturalidade, valorizando o que a pessoa tem de melhor, do que a transformações radicais”, explica o médico. Assim, além de observar se a demanda é realmente necessária para o paciente, o doutor explica que são analisadas todas as contraindicações que podem existir para que o paciente não corra riscos. “Uma pessoa com vitiligo, por exemplo, dificilmente vai poder fazer depilação a laser, porque a pele é muito sensível”, exemplifica. Mas, ao mesmo tempo, ele lembra que existem procedimentos a laser para recuperação de melanina em pessoas com vitiligo.
Como ponto negativo, alguns apontam a existência de dor no procedimento. O doutor Rafael esclarece que, hoje em dia, a tecnologia evoluiu e as dores provocadas por alguns choquinhos não existem mais. O que pode haver é uma sensação ruim provocada pela incidência de calor, na pele, e depende do tipo de procedimento. “Depende também da pessoa: há quem ache doloroso ainda e quem não sinta nenhuma dor”. Mas destaca que, quando existe algum tipo de dor, é suportável e tem mais a ver com a temperatura. Quanto às recomendações, o doutor lembra que os profissionais da saúde são os mais aptos a realizar os procedimentos, desde que capacitados para tal.