Atirador processou prefeitura por dívidas trabalhistas do mandato de Zé Gomes
Ex-funcionário da prefeitura, Gilberto do Amaral exigiu na justiça pagamentos de horas extras de trabalho e adicionais referentes a serviços prestados
Jéssica Chiareli
O ex-funcionário municipal de Itumbiara, Gilberto Ferreira do Amaral, 53, morto ontem (28), processou a prefeitura de Itumbiara por causas trabalhistas em 2014, que foi condenada a pagar os honorários e verbas adicionais do servidor acumuladas entre maio de 2009 e março de 2013, período em que o ex-prefeito José Gomes cumpria mandato – Reeleito, Gomes cumpriu mandato entre 2005 e 2012.
Gilberto é apontado como o responsável por atirar e matar Gomes, que era novamente candidato a prefeito da cidade e o cabo da Polícia Militar Vanilson João Pereira, além de ferir o vice-governador José Eliton e o advogado Célio Rezende. Um vídeo mostra o momento em que o ex-servidor sai do carro e dispara contra as vítimas, ele também foi morto em seguida.
Sentença
Na sentença inicial, do Juiz Ricardo Silveira Dourado, publicada em agosto de 2014, o município é condenado a pagar as horas extras cumpridas por Gilberto durante 2009 e 2013, levando em conta o salário base, adicionais de produtividade, insalubridade e periculosidade e noturno. Além da correção monetária das verbas devidas até o dia 29 de junho de 2009 e R$500 dos honorários do advogado do ex-funcionário.
Conforme aponta uma segunda sentença, o pagamento só foi realizado em agosto deste ano, quando o juiz José Bessa Carvalho Filho determinou o cumprimento da decisão anterior a partir do valor sequestrado do crédito da prefeitura, repassado a Gilberto – uma medida jurídica comum em casos como esses. O processo, então, foi arquivado.