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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Cidades

Receitas médicas deverão ser digitadas

Proposta aprovada em segunda votação na Câmara de Goiânia segue para gabinete do prefeito

Postado em 15 de outubro de 2016 por Redação
Receitas médicas  deverão ser digitadas
Proposta aprovada em segunda votação na Câmara de Goiânia segue para gabinete do prefeito

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, na última quinta-feira (13), proposta de lei que obriga médicos a escreverem ou digitarem de forma legível receitas médicas. A proposta 2013/224, de autoria do vereador Welington Peixoto (PMDB), segue para sanção ou veto do prefeito Paulo Garcia (PT).
O projeto também obriga que as receitas contenham informações completas dos medicamentos listados, assim como forma de uso e de apresentação, concentração, quantidade prescrita e dosagem. Com a sanção do prefeito, nome do paciente e médico que o atendeu também deverão estar escritos. 
Para o proprietário de farmácia Felipe Holanda, a medida pode auxiliar no trabalho farmacêutico e no entendimento do paciente. “Muitos chegam à drogaria e não entendem as receitas. Geralmente, conseguimos decifrar por que já temos certo prática adquirida”, afirma.   
De acordo com Holanda, a forma escrita por alguns médicos impedem que o paciente tenha conhecimento até mesmo de como deve ser tomado o remédio. “Procuramos colocar sempre alguma etiqueta nas embalagens, com a freqüência do uso. Muitas receitas não são claras”. 
A aposentada Ana Teixeira, está habituada com as receitas medicas de seu marido. “Como os médicos já são tradicionais e a farmácia onde são comprados os medicamentos possuem profissionais que já estão acostumados com a letra medica, consigo comprar sem problemas”, conta a senhora.

Alerta 
Conforme o farmacêutico Wilson Barbosa as escritas garranchosas são perigosas. “Existem casos de pacientes que morrem por tomarem a medida errada, de um determinado remédio. Há casos em que o médico escreve uma dosagem errada, o paciente sem saber toma a dosagem. As letras pequenas e amontoadas podem causar esse tipo de acidente”, explica.
Segundo Barbosa, os profissionais da área de farmácia que estão entrando no mercado não conseguem com a mesma facilidade interpretar as receitas. “As letras ilegíveis, além de perigos para a saúde, causam transtornos. Eu estou acostumado, às vezes vejo uma letra consigo identificar o medicamento, agora os profissionais mais novos não conseguem, nem mesmo os pacientes”, afirma. 
A equipe do HOJE entrou em contato com o vereador Welington Peixoto, para explicar a proposta, porém, o mesmo estava viajando e até o fechamento desta edição os telefones do vereador davam sinal de desligado.
 

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