Radares de velocidade no centro de Goiânia mudam comportamento do condutor
SMT aponta redução de acidentes e atropelamentos e melhoria no fluxo do trânsito
Desde fevereiro deste ano, a Secretária Municipal de Trânsito (SMT) aplicou a redução dos limites de velocidades nas ruas do centro de Goiânia, as chamadas ‘zona 40’ em caráter educativo. Apesar de inesperado, a aplicação das multas por excesso de velocidade ficou comprometida devido aos transtornos da licitação de radares. Mesmo assim, a fiscalizações com os aparelhos móveis são feitas desde abril deste ano. De acordo com a Secretária, neste ano, não houve mortes registradas no trânsito do centro, diferente dos anos anteriores.
Para o gerente de educação de trânsito da SMT, Horácio Ferreira, condutores de veículos repensaram as formas de conduta no trânsito. “O comportamento do condutor mudou consideravelmente. Sem dúvida tivemos uma redução dos atropelamentos e a situação melhorou no cento da cidade”, afirmou. A SMT recebeu um número de chamadas de acidentes inferior ao mesmo período de 2016, considerou Horácio. “Também escuto dos moradores da região central, que o transito está mais calmo”, disse.
O motorista e personal trainer Victor Hugo, considerou a medida como essencial. “Acho bom, parece que o trânsito está fluindo melhor. Não tenho ficado parado por muito tempo”. Por outro lado, a aposentada Graça Nascimento, que transita diariamente pela Avenida Goiás, considera as mudanças sem sentido. “O trânsito é lento, não tem nada haver transitar mais rápido aqui. Não considero que o número de atropelamentos aqui tenha reduzido. Se deixassem como estava antes, com certeza estaria melhor”, indagou a Graça.
A condutora e enfermeira Rochele Vieira Cavalcante não havia notado a redução e a presença considerável da sinalização. “Nem notei a zona 40, mas realmente o trânsito está mais lento. Talvez a medida seja uma solução para diminuir os índices de acidente”, disse.
Incidência de acidentes
De acordo com Horácio, no cruzamento das avenidas Goiás e Paranaíba a redução dos acidentes permitiu que o cruzamento saísse da lista dos que mais possuem incidência de acidentes na capital. “O cruzamento estava na lista durante os três últimos anos. Em 2016, o cruzamento já não estava na lista”, revelou.
“Um dos grandes fatores que elevam o índice de acidentes é justamente a alta velocidade. Isso não é apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Ter um carro batido ou um atropelamento a 40 Km/h é uma coisa. Quando essa velocidade é de 60 Km/h as conseqüências são outras”, avaliou o gerente.