Estudantes reclamam de assaltos na Praça Universitária
Mesmo com o policiamento, a praça universitária é o local de várias incidências de furtos, inclusive a mão armada, segundo relato de vítimas
Bruna Policena
Estudantes das faculdades ao redor da Praça Universitária estão sempre andando com muita pressa e segurando seus pertences com atenção, e precauções como estas não mudaram mesmo com o policiamento atualmente feito pela Polícia Militar. E em relatos destes usuários da praça é notável que os números de casos de assaltos e violências não diminuíram mesmo com as estratégias de segurança pública.
Murilo Antônio, de 26 anos, estudante de Engenharia Civil da Universidade Católica (PUC) é usuário de ônibus e conta que por sorte ainda não foi assaltado, mas que vê e ouve diariamente casos de colegas que passam por situações de violência. E tem aulas em diferentes horários, e para ele o turno da noite é o que gera mais preocupação para quem depende de transporte público.
Seu colega de turma, Felipe Martins, de 21 anos, vai para a aula de carro, e mesmo com o conforto de ter o veículo próprio, encontra falta de segurança e medo em deixar o veículo estacionado na praça ou ser abordado quando está dentro do carro. O estudante fala que muitos de seus colegas têm os carros arrombados, pneus roubados, vidros quebrados, e que na própria fila de espera para entrar no estacionamento da PUC muitos alunos, funcionários e professores são assaltados.
A PUC e a Universidade Federal de Goiás (UFG) possuem uma segurança interna e, segundo alunos entrevistados na praça, há um monitoramento policial. Alunos afirmam ver quase sempre no início da noite o microônibus da Policia Militar estacionado perto dos comércios localizados dentro da praça. Há uma ronda de viaturas aos arredores também. No entanto, ainda não foi possível oferecer segurança aos usuários desse setor da cidade.
A praça que tem como intuito integrar os estudantes das diferentes faculdades e ser um espaço de lazer e interação cultural, atualmente é motivo de preocupação para os estudantes que se sentem coagidos ao precisarem atravessar o local. Os colegas Murilo e Felipe contornaram a praça para poder chegar ao outro prédio em que têm aula. Eles afirmam também que não é sempre que a van policial está estacionada.
Vitor Sampaio e Henrique Borges Alves, de 19 e 20 anos, alunos da UFG vão para aula de transporte público e, segundo eles, preferem esperar dentro da faculdade, confirmar o horário do ônibus pelo aplicativo do celular e só sair quando a condução estiver chegando no ponto. Henrique disse que o policiamento só acontece a partir das 19 horas e que quase sempre estão presentes, mas que falta ainda mais posicionamento dos policiais, principalmente em eventos festivos.
Anne Brandelero, de 17 anos, Gabriela Muller e Johnathan, de 18, são alunos calouros de engenharia elétrica da UFG, e relatam que pelo período que frequentam a praça, quase sempre está vazia e que não ficam muitos estudantes por ali, a não ser nos bares e pit dogs que ficam mais próximos ao policiamento. Também confirmam a presença da van, mas sentem falta da segurança para usar mais o espaço público, como forma de encontro e interação. As maiores ocorrências de assaltos, segundo os usuários da praça são na parte da noite.