ONU lança campanha informativa de combate a doenças associadas ao Zika
O enfoque da mobilização é nos direitos humanos como centro do combate aos efeitos do vírus
A Organização das Nações Unidas (ONU) lança hoje (16) a campanha Mais Direitos, Menos Zika, que visa a promoção do acesso à informação sobre os meios de prevenção da doença e sobre os direitos da população. O enfoque da mobilização é nos direitos humanos como centro do combate aos efeitos do vírus.
A campanha vai distribuir materiais com informações sobre as formas de prevenir a infecção pelo Zika, mostrando os insumos e tratamentos aos quais a população tem direito e ainda quais os meios de reclamação, caso esses direitos sejam negados.
O movimento é uma iniciativa do Fundo de População da ONU (UNFPA), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), ONU Mulheres, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), além de entidades parceiras da sociedade civil.
A campanha tem apoio dos governos do Reino Unido, do Japão e do Canadá.
Histórico
Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. Até o segundo semestre do ano passado, o que se sabia sobre a doença era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
No entanto, no fim de novembro do ano passado, o Ministério da Saúde confirmou que a infecção de gestantes pelo vírus pode levar à gestação de crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos.
Desde então, outras complicações ligadas ao vírus Zika em recém-nascidos foram notificadas, como surdez, problemas na visão e no coração. Como os pesquisadores viram que a microcefalia, ou seja, o perímetro encefálico menor que o considerado normal, não era a única consequência da infecção pelo vírus na gravidez, o quadro passou a ser chamado de Síndrome Congênita do Zika. Ao todo, 2.016 crianças tiveram a confirmação da síndrome.
(Agência Brasil)