Após a desocupação de praticamente todos os prédios da Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio de decisão da Justiça Federal em Goiás, apenas dois prédios da instituição ainda estão ocupados. Conforme a universidade, são as unidades do Instituto de Estudos Sócio Ambientais (IESA) e o Centro de Aulas Aroeira (CA-A). Mesmo após a reintegração, estudantes ergueram barricadas na entrada do Câmpus Samambaia, no setor Itatiaia, em Goiânia. Os manifestantes usaram pneus, pedaços de madeira, barris, e cartazes. Além disso, o grupo convocou uma ‘greve geral’ contra a Proposta de emenda a constituição (PEC), que limita os gastos do governo federal para os próximos 20 anos. Os alunos também são contrários a reintegração de posse.
A Justiça Federal em Goiás, disse ao Hoje que as desocupações dos outros dois prédios serão realizadas após o estimulo da justiça, porém, advertiu que a medida de reintegração tem validado sobre os prédios do IESA e do CA-A, que também devem ser desocupados. Além disso, a justiça informou que na desocupação não foi necessário uso de força policial. 
Na manhã de ontem (16), o prédio desocupado foi o Centro de Aula Caraíba (CA-C) na qual a vistoria para liberação do uso será realizada hoje (17). Sobre as barricadas, a UFG informou que ainda não foi possível definir um posicionamento. Apesar disso, a segurança da universidade esteve aos locais, mas não negociou com os estudantes a retirada das barricadas.
De acordo com a UFG, em todos os prédios já desocupados, não houve registro de danos ao patrimônio público. A retomada das atividades da universidade ficará a cargo de cada unidade acadêmica.  Em prédios como a reitoria, o Museu Antropológico e a Rádio Universitária, o trabalho está normalizado.

Acampados
Desde a última sexta-feira (11), cerca de 100 professores acampam em frente à Reitoria da UFG. Os docentes realizam discussões e palestras sobre a PEC. Segundo integrantes do movimento, com a reintegração de posse, os estudantes devem se unir aos professores no acampamento.