‘Policiais contra o câncer infantil’ raspam a cabeça
O ato encerra campanha de conscientização ao Combate ao Câncer Infantil.
Aproximadamente 40 policiais federais rasparam a cabeça. Brinquedos e donativos foram doados para crianças
Wilton Morais
Em comemoração a Semana Nacional de Combate ao Câncer Infantil, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizou na última sexta (25), a raspagem solidária de cabelo.
A ação encerrou a campanha que recolheu durante todo o mês de novembro, donativos, brinquedos, roupas e fraudas descartáveis para crianças e adolescentes com câncer. Os itens entregues as crianças atendidas pelo Hospital Araújo Jorge, foram doados por toda a sociedade.
Após incentivo do filho Yan Gabriel Gonçalves que realiza tratamento a mais de três meses no hospital, o funcionário público Ronaldo Gonçalves participou da ação. “O ato trás alegria para toda a sociedade. Algumas crianças se isolam na prática de algumas brincadeiras. Meu filho, por exemplo, treinava futebol. Mas com a demora da recuperação, por conta da imunidade baixa, a atividade foi suspensa pela médica”, contou Ronaldo. “Temos que lutar. Com essa atitude nós sentimos resguardados”, complementou.
No corte solidário, cerca de 40 policiais rasparam a cabeça por completo. Na terceira edição da campanha, o policial Fabrício Rosa idealizador do projeto considerou a importância em tratar o câncer. “A campanha foi pensada no curativo das crianças”.
Para Fabrício a principal doação é a alegria, o carinho, a doação de coração. “Quando raspamos a cabeça é uma sensação de renascimento. De fato, passa muitas coisas na cabeça, o quanto a vida é limitada”, disse.
Na ocasião, as crianças puderam tirar fotos em viaturas e motos da polícia. Também foram realizadas pinturas nos rostos das crianças e exercício de origami. Funcionários e apoiadores se fantasiaram de personagens para alegrar as crianças.
O câncer
De acordo com a chefe do Setor de Oncologia Pediátrica do Hospital Araújo Jorge, Rosemary Gusmão, o câncer infantil é a segunda causa de morte no país. “Caso tratado inicialmente, a doença tem 70% de chance de cura”.
Para o presidente da Associação de Combate ao Câncer de Goiânia (ACCG), Paulo Campos, o câncer infantil não é uma doença comum, mas o ataque da doença pode causa uma grande comoção familiar. “A criança não entende a doença. No hospital, além de todos os atendimentos, cirúrgicos e clínicos, campanhas como essa oferecem um complemento ao tratamento com apoio psicológico”.
A campanha
Outras 25 unidades da federação também realizam o ato solidário, neste ano. Conforme a PRF, a intenção é atingir o atendimento de 1.500 crianças e adolescentes. “Saber que uma idéia tão bonita está sendo replicada em tantos locais, isso realmente é orgulhoso”, considera Fabrício. Iniciada em 2014, em Goiânia, no ano seguinte a campanha atingiu 13 estados brasileiros.
Em Goiânia, o valor financeiro arrecadado na campanha será destinado à compra de um aparelho para diagnostico de doenças no Araújo Jorge. Segundo o presidente do Hospital, o ACCG irá completar o valor arrecadado para alcançar R$ 48 mil destinados a compra do aparelho e da atualização do software.