Chanceler é escolhido para formar novo governo na Itália
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, concedeu ao ministro das Relações Exteriores Paolo Gentiloni a missão de formar um novo governo
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, concedeu neste
domingo (11) ao ministro das Relações Exteriores Paolo Gentiloni a missão de
formar um novo governo, após a renúncia do primeiro-ministro Matteo Renzi.
Gentiloni compareceu hoje ao Palácio do Quirinale, em Roma,
após três dias intensos de consultas de Mattarella aos partidos polÃticos da
Itália para ouvir as exigências e possibilidades de formar um novo governo. O
presidente tinha prometido ontem apresentar “dentro de algumas horas”
uma “solução rápida para a crise polÃtica”. As informações são da
Agência Ansa.
Matteo Renzi apresentou a renúncia na última quarta-feira
(7), após sofrer uma derrota no domingo passado no referendo que havia convocado
para alterar a Constituição da Itália.
Aos 62 anos, Paolo Gentiloni é ministro das Relações
Exteriores da Itália desde 31 de dezembro de 2014, escolhido pelo ex-premier
Matteo Renzi. Foi deputado e ministro da Comunicação no governo Prodi. Seu nome
já vinha ganhando forças nos últimos dias, quando os partidos polÃticos
italianos sinalizaram que aceitariam que o Partido Democrático (PD), de Renzi,
continuasse no poder, com a condição de acelerar os projetos de lei que
precisam ser aprovados para que seja convocada em breve uma nova eleição.
“Quero acompanhar e, se possÃvel, facilitar o percurso
das forças parlamentares para definir as novas leis eleitorais”, disse
Gentiloni, referindo-se a um dos entraves da crise polÃtica local, já que a
atual lei eleitoral foi declarada inconstitucional e o Parlamento precisa
aprovar outra para convocar novas eleições e, assim, eleger o novo governo.
Logo após receber a função de formar o novo governo,
Gentiloni se reuniu com os lÃderes da Câmara dos Deputados e do Senado. Agora,
o ex-chanceler atuará para tentar formar uma coalizão de governo. Caso consiga,
vira primeiro-ministro, senão Mattarella designará outro nome.