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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Economia

Agronegócio aposta em boa performance em 2017

O grande motor da economia agropecuária do país no próximo ano deverá ser uma safra recorde de grãos que atingirá 213 milhões de toneladas

Postado em 17 de dezembro de 2016 por Sheyla Sousa
Agronegócio aposta em boa performance em 2017
O grande motor da economia agropecuária do país no próximo ano deverá ser uma safra recorde de grãos que atingirá 213 milhões de toneladas

A economia do agronegócio brasileiro deverá ter um ano positivo em 2017, com crescimento da receita e dos negócios com commodities em função de uma safra recorde que beneficia as exportações e a produção de proteína animal no país, além de uma possível recuperação do poder de compra dos consumidores, disseram especialistas e lideranças do setor.

O grande motor da economia agropecuária do país no próximo ano deverá ser uma safra recorde de grãos que atingirá 213 milhões de toneladas no ciclo 2016/17, cujas colheitas começam já no primeiro trimestre do ano que vem. Se confirmada, a produção de grãos, puxada por soja e milho, será 14 por cento maior que a registrada na temporada anterior, quando a seca afetou fortemente as produtividades, especialmente do cereal.

“Na contramão da economia brasileira, o agronegócio aponta para um desempenho positivo em 2017 por causa do horizonte de melhora da receita agrícola (das lavouras). Temos pela frente preços relativamente estáveis… e temos o aumento da produção de grãos”, disse o sócio-diretor da consultoria Ma croSector, Fábio Silveira.

Outro segmento que poderá contribuir com os resultados do agronegócio é o da produção de açúcar. Apesar de uma possível safra menor de cana no centro-sul, principal região de plantio, as usinas deverão elevar o volume fabricado do adoçante. Consultorias estimam também que um grande volume de negócios já foi fechado para entrega ao longo de 2017, com vendas a preços bastante elevados.

A entrega de fertilizantes para produtores rurais em 2016 até novembro apresenta alta de 11 por cento e caminha para fechar o ano com volume recorde. O maior uso de adubos é um forte indicativo de investimento dos agricultores em tecnologia e de boas produtividades na nova safra.

Entre produtores de aves e suínos também há otimismo, especialmente devido à maior oferta de milho, principal ingrediente da ração, que teve o abastecimento prejudicado ao longo de 2016 após fortes exportações e uma quebra da safra de inverno.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne as grandes empresas de aves e suínos, projeta um crescimento de 3 a 5 por cento na produção de carne de frango no país em 2017 e de 2 por cento na produção de carne suína.

Já no setor de carne bovina, “a gente deve ter uma oferta maior de carne e boi no ano que vem, por conta do ciclo da pecuária e da diminuição do número de animais confinados”, projetou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, sem detalhar uma previsão de volume de produção para 2017.

Apesar de grande exportador de carnes, o Brasil depende do seu mercado interno para absorver a maior parte da produção de bovinos, aves e suínos. Em todos esses setores as vendas foram prejudicadas em 2016 por uma perda do poder de compra dos consumidores em um cenário de recessão, aumento do desemprego e inflação.

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