Mercado financeiro projeta inflação dentro da meta em 2016, diz BC
Para 2017, estimativa para o IPCA segue em 4,90%. A meta de inflação para o próximo ano é 4,5%, com teto em 6%, diz BCEBC
O mercado financeiro passou a projetar inflação dentro da
meta este ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) caiu de 6,52% para 6,49%. A meta de inflação é 4,50% e limite superior
de 6,50%. A estimativa para o índice caiu pela sexta vez seguida, segundo o
Boletim Focus, feito com base em pesquisa do Banco Central a instituições
financeiras sobre os principais indicadores econômicos. Para 2017, estimativa
para o IPCA segue em 4,90%. A meta de inflação para o próximo ano é 4,5%, com
teto em 6%.
Diante da recessão econômica e da melhora na inflação, o BC
tem sinalizado que pode intensificar o corte da taxa básica de juros, a Selic.
Nas suas duas últimas decisões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC
cortou a Selic em 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano.
Para as instituições financeiras, a Selic encerrará 2017 em
10,50% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a
atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a
Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços,
porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o
Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato,
com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
A projeção de instituições financeiras para a queda da
economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas
pelo país) este ano, permanece em 3,48%. Para 2017, a expectativa de
crescimento foi alterada de 0,70% para 0,58%, na nona redução consecutiva.