Wilton Morais

Com pouco mais de uma semana de inauguração, o projeto GynDebike,
tem gerado diversas duvidas e reclamações por parte dos usuários do transporte.
Ao todo já foram realizadas mais de 1.650 viagens, de acordo com a prefeitura.
O número não chega nem perto dos 2,5 mil cadastros realizados para a utilização
das bicicletas. Se considerar as tentativas falhadas de realizar o cadastro
essa quantidade poderia ser ainda maior. A equipe de reportagem do Hoje, por
exemplo, não teve êxito no cadastro.

Após baixar o aplicativo ‘GynDebike’, no Play Store, a
tentativa de realizar o cadastro foi um fracasso – ATENÇÃO: Verifique seu nome,
CPF e data de nascimento, foi a mensagem que apareceu depois de três
tentativas. Segundo a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC),
o problema que começou na segunda-feira (26) já está em fase de reparo.

O pesquisador na área de mobilização urbana e usuário do
Debike, Andrew Oliveira, teve um problema diferente e não conseguiu realizar o
cadastro em seu aparelho celular, devido ao tamanho da tela do aparelho. O
impasse foi resolvido em outro computador. “A exigência do cartão de credito
foi outro problema, pois é imprescindível. A sugestão seria uma integração com
o transporte público”, disse Andrew.

O estudante Lucas Botelho, não teve grandes problemas com o
Debaike. “Me cadastrei no aplicativo mesmo, logo no inicio da implantação.
Minha experiência até agora foi sem nenhum transtorno”, considerou. Questionado
sobre problemas com o cadastro, Botelho disse que as situações de cadastro são
previsíveis. “Antes da implantação a empresa nos passou que alguns problemas
serão solucionados e outros não”, disse.

Conforme o diretor técnico da CMTC, Sávio Afonso, cada
cidade que possui o sistema semelhante ao Debike, tem um central responsável
por auxiliar a manutenção do serviço. “Geralmente os problemas de cadastro são
por conta de conflitos com a receita. Assim eles são logo resolvidos com a
operadora do cartão de credito e a própria receita”, disse o diretor da
companhia. 

Estações offline

Outra reclamação que tem partido dos usuários das bicicletas
são estações offlines. O que tem impedido que a retirada ou a devolução das
bicicletas sejam efetuadas. De acordo com a CMTC, o motivo para estes problemas
são devidos ao forte calor, o que tem provocado o aquecimento dos computadores
das estações.

Para resolver o problema de retirada e entrada de bicicleta,
até a próxima terça-feira (3), haverá uma pessoa repassando orientações nos
terminais de bicicletas. Esse funcionário irá auxiliar a chamada de um técnico,
responsável por monitorar cada estação e dar assistência aos problemas. “o
próprio computador passa a informação pra a central. Mas com o aquecimento ele
trava”, explica o diretor da CMTC.

O usuário também poderá entrar em contato no número da
central e informa que a estação esta lotada ou fora do ar. “É necessário dizer
que o tempo está vencendo ou não tem espaço, sendo impossível devolver a
bicicleta. A central dará uma bonificação de tempo, assim as opções serão
aguardar o destrave da plataforma ou se realocar para outra”, orientou Afonso.