Perda da atriz Vida Alves deixa luto na dramaturgia nacional
A atriz rompeu estigmas e deixa vazio na televisão, no rádio e no cinema
Renato Estevão
A morte da atriz Vida Alves, aos 88 anos, na noite desta
terça-feira (3), não deixou apenas a dramaturgia nacional em luto, mas o rádio
e o cinema.
A atriz deu vida a variadas personagens em radionovelas,
durante os anos 1950. Em 1951, participou da telenovela ‘Sua Vida Me Pertence’,
ainda em preto e branco, na qual protagonizou o primeiro beijo da história da
teledramaturgia nacional com o ator Wálter Forster.
Em 1963, na extinta TV Tupi, Vida fez uma impecável
interpretação de uma personagem homossexual, no programa ‘TV de Vanguarda’. Sua
personagem conseguiu romper um estigma normativo com o beijo gay da TV, ao lado
da atriz Geórgia Gomide, em uma época de total invisibilidade de personagens
homossexuais na ficção.
A atriz, não deixa apenas como legado o primeiro beijo
heterossexual e homossexual da teledramaturgia, em uma época conservadora. Seu
talento também abriu espaço para outras personagens romperem estigmas sociais.
Foto: (R7)