Brasileiro aproveita pausa para se recuperar
Ricardo Martins superou os primeiros seis dias de desafios entre as motocicletas do Rally Dakar 2017, que teve início no último dia 2 em Assunção, no Paraguai
O brasileiro Ricardo Martins teve pausa para merecido descanso ontem (8) em La Paz, capital da Bolívia. O piloto do Team Rinaldi superou os primeiros seis dias de desafios entre as motocicletas do Rally Dakar 2017, que teve início no último dia 2 em Assunção, no Paraguai. Com quase nove mil quilômetros de percurso, a caravana do maior rally do mundo cruza a rampa de chegada em Buenos Aires, Argentina, no dia 14 de janeiro.
Para chegar na metade da jornada, o brasileiro precisou enfrentar situações extremas. “Passamos por muito calor, areia e, agora na altitude de La Paz, frio. Estamos congelando por aqui. A organização havia alertado que seria uma das provas mais difíceis já realizadas na América do Sul, e realmente está sendo”, contou Martins. “Apesar do grande número de baixas, seja por quebras ou por acidentes, estou ileso. Eu não tive nenhuma queda ou problema, absolutamente nada, e a moto está perfeita. Estou bastante satisfeito com os pneus Rinaldi HE 42, que estão indo muito bem nas longas quilometragens do Dakar.”
A chuva impôs outro empecilho, tanto que a sexta etapa do roteiro, que seria realizada no sábado (7) com início em Oruro (Bolívia), foi cancelada. “Foi um dia de deslocamento debaixo de muita chuva e grandes altitudes, próximas dos quatro mil metros nas dunas”, acrescentou. Martins é estreante no Rally Dakar e ainda precisou de rápida adaptação. “Senti um pouco a questão da navegação por bússula CAP, pois não tinha nenhuma experiência, mas já estou me saindo melhor. Tenho cumprido o planejado, que é ir com calma e não pensar no resultado, mas sim em acabar a prova, o que é uma grande vitória.”
O piloto ocupa a 61ª colocação no ranking geral das motos. Na classe G2 (Marathon até 450cc), está em 13º lugar. O cronômetro do Rally Dakar volta a correr na segunda-feira (9), com 622 quilômetros de percurso entre La Paz e Uyuni, ainda na Bolívia. Os trechos cronometrados (especiais) somam 322km. As disputas serão em formato “maratona”, ou seja, os competidores não poderão contar com auxílio mecânico externo. Além de motos, a prova inclui quadriciclos, UTVs, carros e caminhões.