Entidade estuda unir eliminatórias Sul-Americanas
A Fifa estuda a possibilidade de unir o torneio com as Eliminatórias da Concacaf, caso a ampliação da Copa do Mundo para 48 seleções seja aprovada
Da redação
Temendo uma queda dramática no interesse pelas Eliminatórias Sul-Americanas, a Fifa estuda a possibilidade de unir o torneio com as Eliminatórias da Concacaf, caso a ampliação da Copa do Mundo para 48 seleções seja aprovada.
A Fifa, amanhã, em Zurique, votará a maior expansão do torneio em seus quase cem anos, passando de 32 times para 48 seleções.
Ninguém esconde que a motivação seja financeira. Com novas seleções, a entidade teria uma renda elevada em mais de US$ 600 milhões, 35% acima do que obteve na Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Mas o impacto seria mundial. Na América do Sul, a previsão é de que a região ganharia sete vagas. Mas com apenas dez seleções no continente, o risco é de que as Eliminatórias, que hoje duram dois anos, perdessem o interesse de patrocinadores, da audiência e das TVs. Na prática, apenas três seleções não se classificariam.
O resultado financeiro poderia, portanto, ser negativo. Em 2016, apenas em bilheteria, a CBF obteve mais de R$ 35 milhões com os jogos da seleção nas Eliminatórias. Por dois anos, é o valor pago pelas televisões que praticamente garantem os resultados da entidade.
Na Concacaf, as Eliminatórias também são as galinhas dos ovos de ouro para muitas federações. Mas elas passaram a ser alvo da polícia dos Estados Unidos desde 2015, quando dirigentes foram presos por cobrar propinas para dar às televisões direitos de transmitir os jogos da qualificação regional para a Copa do Mundo.
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