OConselho da Fifa decidiu ontem, em Zurique, na Suíça, que a Copa do Mundo terá seu número de participantes ampliado de 32 para 48 a partir da edição de 2026, ainda sem sede definida. A mudança foi aprovada pelo comitê em uma votação realizada na sede da entidade.

A ampliação era uma promessa do presidente da Fifa, Gianni Infantino. Segundo ele, há um apoio “unânime” para inflar a Copa do Mundo, que desde 1998 é disputada por 32 equipes.

A partir de 2026, o torneio terá o formato de 16 grupos com três equipes cada, com as duas melhores avançando para o mata-mata (jogos eliminatórios). Com esse modelo, serão 80 partidas, 25% a mais que as atuais 64.

O objetivo da Fifa seria turbinar a arrecadação com direitos televisivos e cotas publicitárias, já que a entidade teria a oportunidade de vender o torneio em mais mercados, embora a participação de um terço das seleções se restrinja a dois jogos. A expectativa é arrecadar quase US$ 1 bilhão a mais com cotas de televisão, uma alta de 20% no seu lucro com o setor.

A medida foi duramente criticada por sindicatos de jogadores europeus, que afirmam que os atletas serão “sacrificados” fisicamente para competir, e por personalidades mundiais, como Pep Guardiola e Joachim Löw. 

Todos apontam, além do cansaço, a queda da qualidade da competição.

A Associação Europeia de Clubes (ECA, sigla em inglês) divulgou nota em repúdio à decisão. “Não compreendemos os benefícios de mudar o formato atual com 32, que ficou provado como a fórmula perfeita por todas as perspectivas”, disse Karl-Heinz Rummenigge, executivo-chefe do Bayner de Munique (Alemanha), no documento.

Rússia

A Fifa definiu ontem a data final para que as seleções divulguem a lista definitiva de convocação para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Os 23 nomes devem ser anunciados até 4 de junho, 10 dias antes do início da competição. Antes, no dia 14 de maio, as confederações podem liberar uma relação prévia com 30 atletas. (Redação com Agência Brasil)