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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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saúde

Minas decreta situação de emergência em regiões afetadas pela febre amarela

SES-MG informou que o número de casos suspeitos em 2017 no estado de Minas Gerais já são 110

Postado em 13 de janeiro de 2017 por Redação
Minas decreta situação de emergência em regiões afetadas pela febre amarela
SES-MG informou que o número de casos suspeitos em 2017 no estado de Minas Gerais já são 110

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, decretou hoje (13) situação de emergência em saúde pública na área de abrangência das unidades regionais de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Essa região, que inclui 152 municípios, é a mais afetada pelas ocorrências de febre amarela no estado.

A situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas para conter a doença e agiliza processos para a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários, dispensando licitação em alguns casos. Também fica permitida a contratação de funcionários temporários para ações exclusivas de combate à febre amarela.

O decreto também cria uma sala para monitoramento das ações administrativas. Participarão desses trabalhos diversos órgãos do estado, entre os quais a Secretaria de Saúde (SES-MG), a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).

Segundo texto publicado no Diário Oficial do estado, o decreto considera que “a febre amarela é uma doença de potencial epidêmico e elevada letalidade”. Em boletim epidemiológico divulgado ontem (12), a SES-MG informou que o número de casos suspeitos em 2017 no estado de Minas Gerais já são 110. 

Desses, 20 são tratados como casos prováveis, cujos pacientes apresentaram exame laboratorial preliminar positivo. No entanto, a confirmação final depende da investigação de outros fatores. Os outros 90 casos ainda estão sendo analisados. O governo mineiro também informou que, dos 30 óbitos suspeitos, dez já são considerados prováveis.

Vacinas

A recomendação para a população é manter em dia a vacinação contra febre amarela, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após dez anos.

No caso de recém-nascidos, é administrada uma dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos. Mas, como se trata de uma situação atípica, que inspira cuidados, nas regiões afetadas, bebês com 6 meses estão recebendo duas doses com intervalo de 30 dias.

A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, da América Central e da África. No meio rural e silvestre, é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya.

Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, todos os casos suspeitos em Minas Gerais são considerados de transmissão silvestre. (Agência Brasil) (Foto: reprodução)

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