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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Crise Carcerária

Mutirão carcerário no Amazonas liberta 432 presos provisórios

A medida do governo estadual busca redução tanto na massa carcerária que superlota as cadeias, quanto na tensão do sistema prisional

Postado em 18 de janeiro de 2017 por Renato
Mutirão carcerário no Amazonas liberta 432 presos provisórios
A medida do governo estadual busca redução tanto na massa carcerária que superlota as cadeias

A primeira semana de mutirão carcerário no Amazonas resultou
na concessão de liberdade a 432 presos provisórios. Parte deles, segundo o
Tribunal de Justiça do estado (TJAM), terá que usar tornozeleira eletrônica. A
medida é parte das providências tomadas pelo governo estadual para reduzir a
massa carcerária que superlota cadeias e reduzir a tensão no sistema prisional.

O presidente do TJAM, Flávio Pascarelli, esclareceu que os
processos estão sendo analisados com cuidado e critério, para decidir se a
liberdade ou a adoção de medidas alternativas de cumprimento da pena são as
mais recomendadas em cada caso. Em 13 municípios do interior do estado, por
exemplo, foram analisados 665 processos, com a decisão pela concessão de
liberdade provisória a 29 desses réus.

“Vamos avaliar, criteriosamente, se as condições da prisão
preventiva ou provisória permanecem. Essa análise é feita pelo juiz, promotor e
defensor público ou advogado. E acredito que, em se tratando de alguém que
ofereça perigo à sociedade, a liberdade não será concedida”, disse Pascarelli
ontem (17), na sede do TJAM.

Um exemplo desse critério citado por Pascarelli está na 2ª
Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. Lá, foram analisados 79
processos de réus presos provisoriamente. Desses, foi concedida liberdade a
apenas dez – quatro deverão usar tornozeleira e dois também terão que cumprir
medidas protetivas. Para auxiliar no mutirão, a Ordem dos Advogados do Brasil
no Amazonas cedeu 50 advogados voluntários.

Recapturas

O governo do estado, por sua vez, continua trabalhando nas
buscas aos fugitivos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) após a
rebelião dos dias 1º e 2 de janeiro. Segundo o governo foram recapturados 83
presos saídos do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e do Compaj. Com isso,
142 detentos ainda estão foragidos.

Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil) 

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