Chef Carlos Bertolazzi conta sua trajetória no ‘Estação Plural’, da TV Brasil
Convidado defende a cozinha como vocação, fala sobre a onda dos programas de culinária e cita ingredientes polêmicos
Da redação
Comecei na gastronomia no buffet com a minha mãe fazendo festa de casamento. Depois, montei meu restaurante e, em seguida, fui para a televisão”, revela o chef Carlos Bertolazzi na entrevista para Fefito, Ellen Oléria e Mel Gonçalves no programa Estação Plural desta segunda (23), às 22h, na TV Brasil.
Fera na cozinha, Bertolazzi ganhou fama ao participar dos realities de culinária na telinha. Com bom humor, ele brinca com os apresentadora sobre o seu toque especial nessas atrações: colocar pânico entre os cozinheiros.
Durante a animada conversa no Estação Plural, ele também comenta a onda dos programas de culinária na televisão brasileira. Os programas sobre o tema proliferaram tanto nos canais de sinal aberto como na tevê fechada. Carlos Bertolazzi argumenta que vê o trabalho na cozinha como vocação.
“Antes, eu trabalhava no mercado financeiro. Costumo dizer que hoje eu não sei onde começa meu trabalho e termina meu prazer. Com esse amor e tesão pelo que eu faço nem sinto que trabalho”, comenta o chef que ainda destaca a importância do tino para o negócio. Para ele, não basta saber cozinhar.
“Para ter um restaurante de sucesso não basta ser um bom cozinheiro. Tem que ser bom administrador. Um restaurante é um negócio como qualquer outro. Pode estar lotado, mas você precisa fazer compras, gerenciar o seu menu, pensar o cardápio de uma maneira que faça sentido e você aproveite o alimento de uma forma completa”, explica Bertolazzi.
O papo de Fefito, Ellen Oléria e Mel Gonçalves com o chef ainda gira em torno de outros temas: como lidar com a posse no amor e a violência contra a população trans no Brasil, País que mais mata transexuais no mundo.
No desafio Aurélia, Carlos Bertolazzi tenta adivinhar o sentido do termo ‘neuza’ na linguagem pajubá. Nesse quadro do programa Estação Plural, os entrevistados devem descobrir o significado de palavras do universo LGBT.
Hábitos alimentares ‘exóticos’
Escorpião, aranha, vespa, carne de cachorro, pele de baleia, macaco defumado, filhotes de rato, vinho de cobra… Essas e outras iguarias podem soar exóticas ou até mesmo consideradas ‘bizarras’ para muitos brasileiros e até ocidentais como um todo, mas fazem parte do cardápio de milhares de pessoas mundo afora.
Como a diversidade é a marca registrada do Estação Plural, os variados hábitos alimentares não poderiam ficar de fora da pauta. E, sobre o assunto, o chef Carlos Bertolazzi é enfático. “A gente precisa observar muito as culturas, porque às vezes a gente critica alguma coisa, algum tipo de alimento que alguém consome sem pensar o porquê de se consumir aquilo ou qual é a explicação”.
Com a maior população do planeta, cerca de 1,3 bilhão de pessoas, a China é um dos países mais conhecidos por suas iguarias. Após turbulentos períodos de fomes devastadoras, lá se come um pouco de tudo, inclusive insetos. Para Bertolazzi, “os problemas de fome no mundo seriam reduzidos se as pessoas comessem insetos, mas a gente não tem culturalmente esse costume”.
O programa
Apresentado às segundas, às 22h, pela TV Brasil, o Estação Plural tem horários alternativos na grade da emissora. A atração também vai ao ar nas ondas do rádio. Pela Rádio Nacional FM de Brasília, o ouvinte acompanha o bate-papo às sextas, às 23h. Já a Rádio Nacional AM de Brasília transmite o programa aos sábados, às 11h, enquanto a Rádio MEC AM do Rio de Janeiro aos sábados, às 23h.