Senado americano já discute proposta para substituir o Obamacare
O novo plano prevê que os estados, e não o governo federal, devem passar a cuidar das políticas de saúde
Senadores republicanos apresentaram nessa segunda-feira (23)
uma proposta para substituir o Obamacre, o plano de assistência médica aprovado
pelo ex-presidente Barack Obama. De acordo com os senadores Bill Cassidy,
de Louisiana, e Susan Collins, de Maine, autores da proposta, o novo plano
prevê que os estados, e não o governo federal, devem passar a cuidar das
políticas de saúde. O objetivo da proposta é tornar os planos de saúde acessíveis
a milhões de famílias americanas ainda não cobertas por assistência médica.
O Obamacare é uma lei de cuidados de saúde acessíveis às
famílias de baixa renda, que se tornou um ponto de discordância do eleitorado
norte-americano durante as últimas eleições. O então candidato Donald Trump
criticou duramente a lei e prometeu revogá-la se ganhasse as eleições. Antes da
posse de Trump, o Senado e a Câmara dos Deputados se adiantaram e aprovaram o
início do processo de desmantelamento do Obamacare, apesar das preocupações dos
parlamentares com o fato de não haver ainda um projeto para substituir a lei.
Instabilidade nos mercados
Embora a intenção seja aprovar um plano superior ao
Obamacare, os senadores estão porém com receio de criar uma instabilidade nos
mercados de seguros de saúde dos Estados Unidos. Se houver uma instabilidade,
os resultados seriam contrários ao desejado pelos autores da proposta, uma vez
que, em vez de melhorar a situação da assistência médica das famílias
norte-americanas, o sistema provocaria uma situação em que milhões de pessoas
teriam a cobertura interrompida ou retirada.
A senadora Susan Collins disse que os republicanos não devem
revogar as partes principais do Obamacare até que tenham certeza sobre o que
querem colocar no lugar. Ela chamou a atenção dos parlamentares de seu partido
para que não deixem “lacunas desnecessárias e evitáveis na cobertura”
do sistema de saúde, que possam trazer prejuízos aos pacientes.
Susan Collins informou que a proposta encaminhada ontem é
“ainda é um trabalho em andamento”. Disse esperar que os senadores
possam melhorar o plano. “Estamos completamente abertos a isso”,
afirmou. Ela chamou a atenção, no entanto, para o prazo das modificações a
serem feitas. “Se não colocarmos uma legislação específica sobre a mesa
que possa ser debatida, refinada, alterada e promulgada, então falharemos [em
relação] à expectativa do povo americano”, afirmou. (Agência Brasil)