Trump demite secretária de Justiça interina
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu na noite da última segunda-feira (30) a secretária de Justiça interina dos Estados Unidos, Sally Yater. Ela foi afastada poucas horas depois de ter se pronunciado e orientado o Departamento de Justiça a não atuar em defesa das ordens executivas sobre imigrantes e refugiados, emitidas por Donald […]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu na noite da última segunda-feira (30) a secretária de Justiça interina dos Estados Unidos, Sally Yater. Ela foi afastada poucas horas depois de ter se pronunciado e orientado o Departamento de Justiça a não atuar em defesa das ordens executivas sobre imigrantes e refugiados, emitidas por Donald Trump.
Em um comunicado, a Casa Branca informou a demissão de Sally Yater, que ocupava o cargo interinamente e havia sido escolhida ainda na gestão de Barack Obama. A demissão segundo o governo foi pela “recusa em cumprir uma ordem designada para proteger aos cidadãos do país”.
A nova designada interina, segundo o comunicado, será Dana Boente. A Secretaria de Justiça está a cargo de um secretário interino enquanto espera a confirmação pelo Senado do nome de Jeff Sessions, escolhido por Donald Trump.
A orientação de Sally havia sido divulgada na segunda-feira. Em carta, ela orientou os advogados do Departamento de Justiça a não participarem da defesa legal das ordens executivas emitidas por Trump sobre imigrantes e refugiados.
“Até agora, não estou convencida de que a defesa [das ordens executivas] seja nossa responsabilidade e também não estou convencida sobre a legalidade dos decretos”, escreveu.
Já existem processos nas instâncias estaduais da Justiça que desafiam os decretos de Trump. Isso ocorre nos estados de Virginia, Nova York, Massachusetts, Califórnia e Washington. Há decisões já julgadas em primeira instância que bloqueiam a validade dos decretos.
No Twitter, Trump queixou-se dos democratas, que são minoria no Congresso. “Os democratas estão atrasando a posse das minhas escolhas para o gabinete, por razões puramente políticas”, escreveu o presidente. (Abr)