No dia 15 de agosto de 2014 o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) recebeu denúncias de que crianças e adolescentes da Associação Crianças do Brasil em Trindade (ACBT) estariam sofrendo maus tratos e torturas psicológicas. Foi determinada pela justiça a cassação do registro da associação.

A juíza Karine Unes Spinelli Bastos, da 1ª Vara Cível da Família e sucessões da comarca de Trindade, foi quem coordenou o caso e após julgamento do caso, a instituição foi condenada a pagar indenização por dano moral coletivo no valor de R$100 mil. A verba será revertida ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A denúncia foi feita pelos próprios profissionais do Conselho Tutelar e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), e na época relataram que as crianças e adolescentes estariam sendo submetidos a tratamento degradante e que sofriam castigos físicos e psicológicos.

De acordo com a juíza Karine, assim como nas investigações feitas pelo MPGO e na instrução processual, foi comprovada a má conduta dos funcionários e diretores da instituição, como também a veracidade dos relatos de maus tratos que as crianças sofriam.

Em relatos, as crianças eram obrigadas a frequentar igrejas de cunho evangélico, eram obrigadas a realizar atividades domésticas na instituição e na igreja que eram obrigados a frequentar. Em depoimentos, as crianças e adolescentes afirmaram que recebiam castigos físicos caso não realizassem os serviços de limpeza. (Bruna Policena)