Temer diz que cobrará do Banco do Brasil aumento da oferta de crédito
Segundo o presidente, isso será possível graças ao lucro que vem sendo registrado
O
presidente Michel Temer disse hoje (16) que vai cobrar, do Banco do Brasil
(BB), o aumento da oferta de crédito para o mercado. Segundo o presidente, isso
será possível graças ao lucro que vem sendo registrado e aos ajustes de gestão
que estão sendo feitos pelo banco.
Temer
fez a declaração durante a cerimônia de sanção da medida provisória (MP) que
reformula o ensino médio no país. “Quando se fala em reforma, não se percebe
bem o conceito material e como isso mexe no bolso das pessoas e como isso pode
facilitar a vida não só de quem tem recursos como de quem não tem recursos”,
acrescentou.
O
presidente disse que recebeu hoje a notícia de que, apesar das dificuldades
econômicas, no ano passado, o Banco do Brasil teve lucro de R$ 8 bilhões,
embora tenha fechado agências e dispensado 9,5 mil servidores em processos de
aposentadoria ou demissão consentida.
“Daria
muito mais do que isso. Esses 9,5 mil dispensados geraram um pagamento de R$
1,4 bilhão. Portanto, o lucro seria de R$ 9,4 bilhões. Ora, o BB é um banco
vocacionado para o crédito, para o empréstimo. Portanto, na medida que tem essa
possibilidade, evidentemente que há, e nós vamos cobrar, aumento do crédito no
país”, ressaltou.
Para
Temer, tendo aumentado os lucros, o BB terá melhores condições de ampliar seus
financiamentos, o que ajudará o país a concluir obras inacabadas.
“Tínhamos várias obras inacabadas. Quando cheguei aqui me surpreendi,
porque eram obras que muitas vezes demandavam aplicações e recursos entre R$ 1
milhão e R$ 10 milhões. São creches, UPAs [unidades de pronto-atendimento] e
obras de pequena repercussão, mas que nos municípios pequenos têm repercussão
extraordinária”.
O
presidente informou que, na manhã de hoje, teve uma conversa com o ministro
interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, na qual foi informado de que, das
obras inacabadas, 436 foram retomadas e 79, concluídas.
Temer
comentou ainda a queda dos índices inflacionários e a redução de despesas que vem
sendo feita pelo governo. “A inflação hoje está em 5,35%. Isso vai repercutir
para os mais pobres. Significa talvez a impossibilidade do eventual aumento de
preços nos supermercados a pretexto da inflação”, disse. “Além do que só a
redução do custeio, depois que assumimos, foi de 2,6%. Isso significou redução
de quase R$1 bilhão das despesas”, acrescentou.
(Agência Brasil)