Livro de memórias apresenta panorama da MPB
Eduardo Araújo divide com fãs e leitores histórias e curiosidades sobre sua carreira e sobre os primeiros passos do estilo no país
Da redação
A trajetória de Eduardo Araújo se confunde com o nascimento do rock nacional. O cantor foi coroado Rei do Rock em Minas Gerais e, em 1958, com a cara e a coragem, chegou à rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, para pedir uma chance. Saiu de lá com o convite de duas gravadoras: RCA e Philips.
Em Pelos Caminhos do Rock, Eduardo divide com fãs e leitores histórias e curiosidades sobre sua carreira e sobre os primeiros passos do estilo musical no País, resgatando o trabalho de bandas como Mutantes, Som nosso de cada dia, Terreno Baldio, Made in Brazil e O terço. Para o cantor, existe um preconceito ou um desconhecimento sobre os precursores do rock nacional.
“Basta ver que várias emissoras do rock no Brasil nos ignoram ou desconhecem totalmente como tudo começou por aqui. Eles tocam rock a partir dos anos 80. Desconhecem que eles existiram depois do nosso primeiro movimento. Só reconheceram Rita Lee e Raul Seixas. A história precisa ser recontada por pessoas que vivenciaram este movimento”, afirmou em entrevista ao blog do Grupo Editorial Record.
Em tom ácido, Eduardo Araújo também falou à editora sobre o atual cenário do rock brasileiro: “Existem bandas maravilhosas hoje em dia com pouca chance na mídia. Enquanto outras, não tão boas assim, estão fazendo sucesso”.
Pelos Caminhos do Rock, Memórias do Bom conta ainda sobre a mudança do cantor para a São Paulo, seu tempo como apresentador da TV Excelsior e seu encontro com os integrantes da Jovem Guarda. Com sinceridade, O Bom fala da vida pessoal, da busca pela espiritualidade e do encontro com Silvinha, que se tornaria sua companheira não apenas nos palcos, mas na vida.
SERVIÇO:
‘Pelos Caminhos Do Rock – Memórias Do Bom’, de Eduardo Araújo
(Editora Record)
Páginas: 252
Preço: R$ 44,90