Protestos anti-Trump marcam feriado nacional hoje nos Estados Unidos
A ação ganhou a atenção dos canais contrários a ideologia do presidente, como ABC News, NBC News e CNN
Ativistas
contrários ao governo de Donald Trump participam hoje (20), nos Estados Unidos
(EUA), de um megaprotesto intitulado Not My President’s Day (Não é o Dia do Meu
Presidente), em diversas cidades de grande porte, como Nova York, Chicago, Los
Angeles, Dallas e Atlanta.
O
protesto deve marcar o feriado nacional de hoje em todo o país, quando é
celebrado o President’s Day (Dia do Presidente). A data originalmente era
comemorada em tributo ao primeiro e ao
16º presidentes americanos, George Washington e Abraham Lincoln, mais
recentemente se tornou uma forma de homenagear todos os presidentes dos EUA,
passados e presente.
Os
organizadores do Not My President’s Day no Facebook publicaram um manifesto em
que explicam os motivos do protesto e fazem uma retrospectiva dos 30 dias do
governo Trump, listando os motivos pelos quais não concordam com sua gestão. Os
manifestantes escolheram o dia não só pelo simbolismo de dizer não ao
presidente, mas também porque hoje o governo completa um mês.
Central
Park
Em
Nova York o protesto deve se concentrar nas proximidades do Central Park ao
meio-dia (14h em Brasília). Os preparativos para o evento ganharam destaque na
imprensa norte-americana e redes de televisão como ABC News, NBC News e CNN
divulgaram informações sobre as manifestações. Essas redes foram chamadas de
inimigas por Trump, que atribuiu a elas a publicação de fake news (notícias
falsas) sobre seu governo.
Manifestantes
ouvidos pelo jornal USA Today disseram que não aceitam Donald Trump como
presidente “devido às suas políticas sobre aborto e imigração”, como explicou
Nova Calise, uma das organizadoras do evento em Nova York.
Em
Atlanta, capital da Geórgia, ativistas planejam a marcha Impeach now
(Impeachment agora). Em Chicago, os
manifestantes também usaram o Facebook para se organizar, e o protesto na
cidade deve começar em frente à Trump Tower, prédio de propriedade do magnata
republicano.
Rallys
e Campanha
Enquanto
ativistas e opositores se organizam e realizam protestos como o de hoje e o de
ontem (19), que reuniu pessoas favoáveis aos muçulmanos em Nova York, entre
elas Chelsea Clinton, filha do ex-presidente Bill Clinton e da ex-secretária de
Estado Hillary Clinton, apoiadores de Trump também se organizam para demostrar
apoio ao presidente.
Trump,
por sua vez, recomeçou a realizar eventos políticos, os chamados rallys ou
comícios, que adotou com sucesso durante a campanha presidencial para falar aos
eleitores. No sábado (18), ele reuniu cerca de 9 mil pessoas em Melbourne na
Flórida, onde defendeu seu plano de governo e sua política de segurança baseada
na construção de um muro, mais rigor na entrada de viajantes e na deportação de
imigrantes irregulares que tenham problemas com a Justiça.
Para
reforçar sua política de segurança, Trump citou ataques terroristas recentes na
Alemanha e na Suécia. “Olhem só, o que está acontecendo na Alemanha, e o que
aconteceu ontem na Suécia, eles estão tendo problemas como nunca antes pensaram
que seria possível”, disse. Só que nenhum ataque ocorreu na Suécia, segundo as
autoridades. A gafe repercutiu bastante e Trump escreveu no Twitter que havia
visto a notícia em um programa da rede Fox News.
O
presidente reforçou ainda suas críticas à imprensa e ao Poder Judiciário pelo
bloqueio à sua ordem executiva que impedia a entrada de imigrantes. E comentou
que a imprensa é a “inimiga número 1” do povo norte-americano.
Bastante
aplaudido na Flórida, Trump disse que vai fazer o país grande de novo,
recuperando o slogan de campanha Make America Great Again. E foi além, disse
que vai fazer o país “grande como nunca foi”.
(Agência Brasil)