Roubo de cargas aumentou 30% em Goiás no ano passado
Os dados em número crescente, aumenta tensão de condutores que transportam cargas
Elisama Ximenes
Em comparação com 2015, o número de roubos e furtos a cargas aumentou 30% no ano passado em Goiás. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP). Os números apontam que 981 furtos e roubos foram registrados em 2016, frente a 757 em 2015. Uma diferença de 24 casos a mais em um ano. No período, 11% dos casos ocorreram em Anápolis, que é o maior polo industrial do Estado e fica a 55 km da Capital.
Com os dados em número crescente, quem transporta cargas por essa região fica temeroso por sua segurança. As características econômicas e geográficas da cidade é o que chama a atenção dos criminosos. Além de ser um polo industrial, Anápolis também está no meio do caminho entre duas capitais: Goiânia e Brasília e está próxima à primeira.
De acordo com informações da Delegacia Estadual de Repressão a Roubo de Cargas (Decar), em 70% dos registros há participação do motorista. Os criminosos os aliciam para que levem a carga a um ponto específico e, depois, registram o roubo. Para isso, de acordo com a Decar, eles recebem mais de R$ 10 mil. Quando não há essa participação, a quadrilha investiga a vida do motorista e o ameaça.
Diante deste problema, a Decar passou a fazer vistorias mais intensas nos galpões em parceria com outros setores de segurança pública. Também foi criado o Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) para agir no combate a grupos especializados. Mas o problema ainda está em quem compra essa mercadoria roubada e uma ação específica contra isso ainda não foi eficaz.