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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Lava Jato

Ministro do TSE pede a Moro compartilhamento de provas da Lava Jato

Benjamin investiga o eventual abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer

Postado em 7 de março de 2017 por Toni Nascimento
Ministro do TSE pede a Moro compartilhamento de provas da Lava Jato
Benjamin investiga o eventual abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer

O
ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu ao juiz
federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, o compartilhamento de
provas da Operação Lava Jato que possam estar relacionadas à ação que apura
irregularidades da chapa Dilma-Temer na campanha das eleições de 2014.

Benjamin
investiga o eventual abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer.
De início focado em irregularidades na contratação de gráficas, desde a semana
passada o ministro decidiu apurar também supostas doações de campanha ilegais
feitas pela empreiteira Odebrecht, conforme indícios surgidos nas investigações
da Lava Jato.

Na
última quarta-feira (1º), Benjamin interrogou o ex-presidente da companhia,
Marcelo Odebrecht, que está preso desde junho de 2015 em Curitiba. Ao longo da
semana, o ministro ouviu também outros cinco ex-executivos da empresa:
Benedicto Júnior, Fernando Reis, Cláudio Melo Filho, Alexandrino de Salles
Ramos e Hilberto Mascarenhas.

Todos
os executivos ouvidos por Benjamin assinaram com a Justiça acordos de
colaboração premiada, no qual detalharam o esquema de pagamento de propinas a
políticos e partidos pela Odebrecht.

Conforme
informações vazadas pela imprensa, os executivos confirmaram a Benjamin o
pagamento de caixa dois para campanhas eleitorais em 2014. Segundo as
reportagens, Marcelo Odebrecht relatou a doação de R$ 150 milhões em caixa dois
para a chapa Dilma-Temer, afirmando também ter se reunido com o então
vice-presidente Michel Temer para discutir doações a seu partido, o PMDB.

Em
nota após o depoimento, o presidente Michel Temer confirmou ter se reunido com
o ex-presidente do grupo Odebrecht, no Palácio do Jaburu, mas negou ter
discutido valores na ocasião. A nota divulgada pela Presidência da República
confirma ainda que a Odebrecht deu um auxílio financeiro de R$ 11,3 milhões a
campanhas do PMDB e que o montante foi declarado ao TSE.

A
ex-presidente Dilma Rousseff declarou, por meio de nota, ser
“mentirosa” a declaração de Marcelo Odebrecht de que ela teria pedido
recursos a ele ou a quaisquer empresários. Ela negou também ter solicitado o
pagamento a fornecedores da campanhas por meio de contas fora do país.

Em
dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e
seu vice e companheiro de chapa, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas,
por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB
questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de
contas. Conforme entendimento atual do TSE, a prestação contábil do presidente
e do vice é julgada em conjunto. Se for comprovado o abuso de poder político e
econômico na campanha de 2014, o processo resultaria na inelegibilidade de
Dilma Rousseff e na cassação de Temer.

(Agência
Brasil) 

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