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domingo, 14 de dezembro de 2025
Violência de gênero

Mais de 500 mulheres são agredidas por hora no Brasil, mostra pesquisa

Ao longo do ano passado, 29% das mulheres passaram por algum tipo de violência, física ou moral e 22% por xingamentos e humilhações

Redaçãopor Redação em 8 de março de 2017
Mais de 500 mulheres são agredidas por hora no Brasil
Ao longo do ano passado

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A cada hora, 503 mulheres sofreram algum tipo de agressão
física em 2016, segundo pesquisa do instituto Datafolha encomendada pelo Fórum
de Segurança Pública. O estudo, divulgado hoje (8), foi feito com entrevistas
presenciais em 130 municípios brasileiros. No total, foram 4,4 milhões de
mulheres, 9% da população acima de 16 anos, que relataram ter sido vítimas de
socos, chutes, empurrões ou outra forma de violência.

As agressões verbais e morais, como xingamentos e
humilhações, atingiram 22% da população feminina. Ao longo do ano passado, 29%
das mulheres passaram por algum tipo de violência, física ou moral. Entre as
pretas (expressão usada pelo IBGE), o índice sobe para 32,5% e chega a 45%
entre as jovens (de 16 a 24 anos).

Foram vítimas de ameaças com armas de fogo ou com facas 4% –
1,9 milhão de mulheres. Espancamentos e estrangulamentos vitimaram 3%, o que
representa 1,4 milhão de mulheres, enquanto 257 mil, 1% do total, chegaram a
ser baleadas.

A cada três brasileiros, incluídos homens e mulheres, dois
presenciaram algum tipo de agressão a mulheres em 2016, desde violência física
direta, a assédio, ameaças e humilhações. O percentual é de 73% entre as
pessoas pretas e 60% entre as brancas.

Companheiros e conhecidos

A maior parte dos agressores, segundo os relatos das
mulheres, era conhecida (61%). Os cônjugues, namorados e companheiros aparecem
como responsáveis em 19% dos casos. Os ex-companheiros representam 16% dos
agressores. A própria casa das vítimas recebeu o maior percentual de citações
como local da violência (43%). Entre as mulheres entre 35 e 44 anos, 38% das
agressões partiram dos namorados ou cônjugues.

Sobre as reações após a violência, 52% disseram não ter
feito nada após a agressão, 13% procuraram ajuda da família, 12% buscaram apoio
de amigos e 11% foram a uma delegacia da mulher. Entre as mais jovens (16 a 24
anos), o índice das que não fizeram nada após a agressão é de 59%.

O assédio atingiu 40% das mulheres no último ano. Entre as
mais jovens (16 a 24 anos), o percentual chega a 70%, sendo que 68% ouviram
comentários desrespeitosos quando estavam na rua. O índice é de 52% entre a
população feminina entre 25 e 34 anos. Nesse grupo, 47% foram assediados na
rua, 19% no ambiente de trabalho e 15% no transporte público. (Agência Brasil)

Foto: Arquivo/Marcello Casal Jr./Agência Brasil 

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