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terça-feira, 26 de novembro de 2024
Queda

Inflação de Goiânia é a mais baixa para o mês dos últimos 30 anos

No ano, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia acumula taxa negativa de -0,15%

Postado em 11 de março de 2017 por Sheyla Sousa
Inflação de Goiânia é a mais baixa para o mês dos últimos 30 anos
No ano

A inflação de Goiânia de fevereiro foi a mais baixa para o mês dos últimos 30 anos, ficando em -0,70%. “Esse é mais um reflexo da queda da demanda do consumidor, devido a perda do seu poder aquisitivo, e mais uma comprovação da recessão que assola o nosso País”, disse o economista Marcelo Eurico de Sousa, gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

No ano, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia acumula taxa negativa de -0,15% e nos últimos 12 meses, 4,02%, resultados muito abaixo dos 3% e 13,79% respectivamente registrados no mesmo período do ano passado. Dos nove grupos de produtos/serviços pesquisados mensalmente pelo IMB sete tiveram índice negativo no mês passado e apenas dois – educação (1,04%) e comunicação (0,27%) registram variações foram positivas.

Os técnicos do IMB/Segplan observaram que, desde janeiro, os preços da maioria dos alimentos vêm registrando quedas, ou subindo menos.  Com isso, o grupo alimentação – o de maior peso na composição do IPC – ficou em -0,84%, puxado pela queda de produtos que fazem parte da mesa dos goianos, no seu dia a dia, como o feijão carioca (- 10,23%), o frango (-6,68%), o tomate (-10,25%), a carne bovina – contrafilé (-5,96%), a cebola (-11,62%), a batata inglesa (-3,32%), o arroz (-1,77%), o pernil suíno (-2,08%), o queijo mussarela (-4,80%), a maçã (-7,62%) e outros.

A queda dos preços dos alimentos nos supermercados/mercearias refletiu também nos custos da alimentação fora do domicílio (-0,36%). O suco de laranja diminuiu 3,20%, o refrigerante 290 ml -2,68% e o salgadinho teve queda de 0,49%.

Grupos

Também contribuíram para segurar o índice da inflação de Goiânia, no mês passado, o grupo de transportes (-1,23%) com as quedas de 4,31% do preço do litro da gasolina, do etanol (-7,87%), do óleo diesel (-0,31%) e do conserto de veículo automotor (-7,27%).  No grupo habitação (-0,98%), a energia elétrica ficou 5,98% mais barata em relação a janeiro.

As tradicionais liquidações do comércio, no início do ano, puxaram para baixo os preços dos artigos do vestuário, como bermuda masculina (-5,22%), vestido (-4,01%) e conjunto infantil (-3,73%).  Os custos com despesas pessoais também caíram -0,76%, devido a redução de 23,47% do ingresso de futebol e de 5,41% do corte de cabelo masculino.

Em fevereiro, os medicamentos e produtos de higiene também tiveram preços inferiores aos de janeiro. Os técnicos do IMB/Segplan apuraram que os calmantes ficaram 2,35% mais baratos, bem como os dermatológicos (-2,18%), os antialérgicos (-1,57%), o creme dental (-2,27%) e os perfumes (-2,84%). Os artigos residenciais caíram 0,18%, puxados pelo conjunto de som (-3,96%), guarda roupa de solteiro (-6,07%), microcomputador (-2,57%) e televisor (-1,72%).

Em contrapartida, o grupo educação subiu 1,04%, com a maior demanda pela volta às aulas. O uniforme escolar aumentou 9,97% e os artigos de papelaria, 3,91%. No grupo comunicação, os serviços de telefonia pós-pago aumentaram 3,06%. Dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente pelo IMB/Segplan, 77 apresentaram alta, 34 ficaram estáveis e 94 tiveram variação negativa.

Cesta básica

Com a queda dos preços dos alimentos, o custo da cesta básica para o trabalhador goianiense, que tem como renda o salário mínimo (R$ 937,00), também diminuiu 2,11% na comparação com janeiro, ficando em R$ 324,56. No acumulado de 12 meses, o valor da cesta já reduziu 4,15%.

Entre os 12 itens da cesta básica, o que registrou a maior queda de preço foi o feijão (10%), seguido da carne (4,35%), do arroz (1,77%) das frutas (1,88%) e dos legumes/tubérculos (0,39%). Ficaram com os preços estáveis as farinhas/massas e o pão francês e tiveram alta o leite (0,33%), o café (1,31%), o açúcar (0,74%), a margarina (2,15%) e o óleo de soja (0,52%). (Goiás Agora) 

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